sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Opinião

"A maioria das pessoas que trabalha muito vive em estresse permanente. Falta tempo para descontrair e para fazer exercício. E a vida sedentária é uma tragédia. Um cara que trabalha 15 horas mal tem tempo de chegar ao trabalho e voltar para casa. Tem gente que me pergunta: como eu faço para fazer exercício? Problema seu. Se você não consegue tirar 30 minutos por dia para fazer exercício, está vivendo errado. (...) Tem de achar um jeito de fazer exercício. Subir a escada, pelo menos. Qualquer escritório tem uma escada. Parar o carro longe, para andar um pouco mais. Lutar contra a preguiça."

Drauzio Varella, médico.

 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Opinião

"O que falta é um sentido no trabalho. As pessoas estão infelizes. A gente perdeu a relação com a missão, com a causa do que estamos fazendo. (…) Hoje, principalmente quando se fala de liderança, não tem mais uma causa. Perdeu-se essa relação de troca com a sociedade. Não é o talento que está escasso. As pessoas não emburreceram. O que elas não têm mais é um vínculo que faz com que entreguem um trabalho diferenciado."

Vicky Bloch, consultora.

 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A importância da pesquisa de mercado para alavancar resultados nas redes de negócios

por Nadia Korosue*
 
A pesquisa pode dar sua maior contribuição quando a análise é feita com objetividade, de maneira imparcial e trabalhando com informações pertinentes aos objetivos definidos. Dentro das grandes redes de negócios, a pesquisa de mercado tem sido um instrumento altamente valioso nas tomadas de decisões com menor risco, para solução de inúmeros problemas e para alavancar resultados.
 
Sempre que se colhe, registra, compila e analisa um fato, está se realizando uma pesquisa. Atualmente há diversas abordagens e métodos variados para realização de pesquisas disponíveis no mercado, bem como empresas conceituadas e especializadas para este tipo de trabalho.
 
Vale lembrar que, como o trabalho de pesquisa é geralmente baseado em amostra, há a possibilidade de erros. Por isso, se a metodologia de pesquisa for definida e realizada com atenção, com plena compreensão das possibilidades e limitações, pode se constituir em grande ajuda. Em redes de negócios, os principais objetivos de uma pesquisa são:
 
  • Avaliar o melhor canal de venda e distribuição.
  • Identificar e/ou validar o público-alvo.
  • Avaliar o tamanho e comportamento do mercado (consumidor, preço, produto e marca) e concorrência.
  • Diferenciar potencial de mercado.
  • Verificar a atuação de metodologias, estratégias e políticas.
  • Determinar a aceitação de novo produto pelos consumidores.
  • Avaliar impactos e eficiência de ações de marketing.
  • Avaliar pontos estratégicos de venda.
  • Investigar pontos de melhoria nos processos e no relacionamento com os empreendedores.
  • Determinar razões de insatisfação do cliente e avaliar melhorias.
  • Avaliar o desenvolvimento de mercado em outras regiões nacionais e internacionais.
  • Identificar novos indicadores de desempenho e novas oportunidades para o negócio.
 
Pode-se tomar como um ótimo exemplo de realização de pesquisa dentro do canal de franquias, a fase de expansão. Se não houver uma boa pesquisa para identificação de pontos negativos e atuar nas melhorias do negócio atual, definição do perfil e seleção correta do investidor para o tipo de negócio, assim como a determinação correta da região de instalação do empreendimento, este está fadado a ter um curto ciclo de vida e impactando inclusive no valor da marca.
 
 
Os executivos necessitam cada vez mais de informações relevantes, a fim de alavancar resultados e manter seus negócios sustentáveis. A pesquisa realizada continuamente é fundamental para sobrevivência diante de tanta concorrência, principalmente em mercados que se encontram já em um cenário de saturação. O executivo deve cada vez mais ser capaz de utilizar e avaliar a pesquisa com visão estratégica, a fim de tomar decisões inteligentes.
 
Como o mundo dos negócios está em constante transformação, é imprescindível gerar histórico das pesquisas realizadas e criar um centro de informações para analisar e alavancar resultados e base comparativa para futuras pesquisas.
 
*Administradora de empresas, especialista em projetos e sócia da GOAKIRA Consultoria.
 

 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Corrida de inovação tem 207 ideias nas primeiras 24 horas

Primeira edição do Grand Prix SENAI de Inovação produz quase nove novos projetos por hora. Equipes trabalham contra o relógio e contam com a ajuda do público para incrementar ideias
 
Você já imaginou não perder mais a paciência com a falta de vagas e garantir um espaço seguro para o seu carro em um estacionamento vertical móvel – que pode ser erguido próximo a qualquer estádio? Já pensou em um dispositivo para monitoramento cardíaco, acoplado ao corpo, com GPS, que envia informações para uma central para acompanhamento remoto que é alertada em caso de infarto do paciente?

Pois os competidores do Grand Prix SENAI de Inovação já criaram essas e mais de uma centena de outras ideias nas primeiras 24 horas de competição. Das 14h de domingo (24) – quando foi dada a largada – até as 14h desta segunda-feira (25), o banco de ideias já soma 207 projetos que respondem ao desafios sobre Envelhecimento da População, Desastres Ambientais e Mega Eventos.

No aquário da Equipe Vermelha, uma das criações é para evitar danos causados por enchentes. “Nossa sugestão é a fabricação de placas de polímeros que, em contato com a água, inflam automaticamente. Várias placas dessas, encaixadas, formariam barreiras, como pequenos muros, impedindo a entrada de água nas casas das pessoas”, explica Felipe Aranega (SENAI/PR).

Ao lado, a preocupação da Equipe Lilás com o meio ambiente fez surgir a ideia de fabricação do que eles nomearam Beleza Concentrada. “Para reduzir a quantidade de embalagens de cosméticos, nossa ideia consiste na produção de pequenos sachês para shampoo, condicionador, sabonete líquido - em porções altamente concentradas. Para usar os produtos, o consumidor teria que misturá-los a quantidades específicas de água. Essas embalagens seriam de polímeros verdes, biodegradáveis, feitos a partir de fibras vegetais”, detalha Gisele Ramos (SENAI/MG).

As equipes correm mais que o cronômetro da contagem regressiva - que ruma para as últimas 48 horas do Grand Prix. Para a pontuação serão usados critérios de abrangência, quantidade, co-criação e qualidade. Assim, ganhará mais pontos quem resolver mais questões de cada desafio, apresentar o maior número absoluto de ideias, ter escolhidas as melhores ideias por parte de uma banca e conseguir moldar as criações às sugestões de representantes de empresas e do público. Afinal, a influência externa é um dos princípios da inovação aberta.

Participação do Público: Quem está longe e não pode visitar a arena de inovação, no WTC, em São Paulo, consegue acompanhar a produção de todas as ideias, votar nas preferidas e dar sugestões para incrementá-las. Tudo isso é feito no site do Grand Prix SENAI de Inovação (https://gpsenai.induct.no/welcome.aspx). Basta criar uma senha de acesso.

Até agora, a ideia mais votada é uma proposta da Equipe Amarela. A Agenda Care se resume a um aplicativo móvel destinado a idosos, com dispositivo sonoro, para avisar sobre os horários de ingestão de medicamentos, além de agendamento prévio de consultas e exames. “A gente busca criar com três objetivos: que o projeto seja fácil, funcional e agradável. Isso atrai as pessoas. E conforme as sugestões do público chegam ao site do Grand Prix, a gente vai adaptando ao que já criamos”, diz Daniele Farfus (SESI/PR). Da mesma equipe, Fábio Pires, do SENAI/GO, complementa: “Nós estamos detalhando mais as ideias para provocar um número maior de sugestões. Atrair essas constribuições de fora, de quem possivelmente poderá usar o produto, é o princípio da inovação aberta. Estamos exercitando”, afirma Fábio.

Saiba Mais: O Grand Prix SENAI de Inovação vai até as 14h da próxima quarta-feira (27). A corrida é aberta ao público, de graça, e acontece como uma das atrações da Open Innovation Week, no WTC Sheraton, em São Paulo (SP). A cobertura completa você acompanha no Portal da Indústria: www.portaldaindustria.com.br .

Empreendedor de primeira viagem: o que fazer para o seu negócio dar certo?

por Orlando Oda*

Impulsionado por noticiários, partidos políticos e sindicatos que vendem a ideia que o empresário ganha muito e fica rico, muitos brasileiros sonham em ter um negócio próprio. Certamente as pessoas que falam estas coisas nunca foram empresários. Vendem-se ideias de facilidade e de muito lucro para aumentar a tributação, a contribuição, fazer de conta que está do lado dos pobres e principalmente para conquistar votos.
Iludidos pela ideia de enriquecimento fácil e rápido muitas pessoas aventuram-se pelo caminho do empreendedorismo. Por isso, há o nascimento de tantas empresas e a alta taxa de mortalidade: cerca de 25% delas fecham antes de completar dois anos de vida. Mas por que tantos empreendedores fracassam?

Esqueceram de avisar que para ganhar dinheiro, ter sucesso na vida, fazer uma empresa sobreviver e crescer, é preciso trabalhar muito no início, no mínimo de 12 a 15 horas por dia, sem feriadão e finais de semana. Não tem mais salário garantido no final do mês, hora extra, nem 13º salário. Acordar cedo e dormir tarde faz parte da rotina diária do empreendedor, assim como pagar muitos impostos, aluguel, água, luz, telefone, etc.

Este artigo é para pessoas que iniciaram ou querem iniciar um negócio sem capital para montar uma empresa estruturada. Faz parte da vida do empreendedor iniciante fazer tudo. O que um executivo de grande empresa sente muita falta quando inicia uma carreira solo é não ter mais os botões para apertar para trocar uma lâmpada queimada e ter que sair na rua para comprar folha de sulfite.

Já fiz pintura, instalação elétrica, cabeamento. Trocar lâmpada queimada, carregar a mesa, consertar tomada elétrica. Não limpei banheiro, mas já tive que desentupir. Será que basta só esforçar, estar disposto a fazer qualquer coisa, trabalhar 24 horas por dia para sobreviver e crescer?

Segundo Konosuke Matsushita, fundador da Panasonic, "uma empresa que só pensa em lucros próprios, não se responsabilizando pelo bem estar da comunidade, pode prejudicar muito a sociedade e não terá progresso. A empresa é da sociedade, da comunidade que pertence. Se a sociedade perceber que numa empresa não existe vontade de servir ao público, certamente ela acabará falindo".

Para entender esta afirmativa vamos tomar como exemplo inúmeras barracas que vendem tudo quanto é coisa nas ruas e avenidas de São Paulo. Apesar da grande quantidade de barracas, conheço pouquíssimos cases de sucesso destes empreendedores. Imagino que eles também querem progredir, crescer, ter a sua loja própria. Por que será que não conseguem sair da calçada e se estabelecer como um lojista?

Já ouvi explicações do tipo: se estabelecer como loja tem que pagar aluguel, imposto, por isso é melhor continuar assim. Para ficar rico precisa ter uma mente rica que atrai o dinheiro. Pessoas que pensam em não pagar impostos ou pagar pouco imposto possuem mente pobre e mesquinha, que não atraem o dinheiro. Para ficar rico por caminhos normais da vida, precisa desejar pagar muito imposto. É só questão de escolher: prefere pagar pouco imposto e continuar pobre ou pagar muito imposto e ser rico?

Na rua por onde ando tem uma barraca que ocupa mais da metade da largura da calçada. As pessoas que circulam por lá não tem espaço para passar e são obrigadas a andar na rua no meio dos carros. Nota-se a total indiferença do proprietário com as pessoas. Só está interessado em vender e ganhar dinheiro.

Este exemplo mostra o que falta aos 25% dos empreendedores que fecham o negócio antes de completar os dois anos. Falta a base fundamental que sustenta um empreendimento, como afirma Matsushita: "uma empresa que só pensa em lucros próprios, não se responsabilizando pelo bem estar da comunidade, não terá progresso".

Existem empresas com bons propósitos que não dão certo? Sim, é possível. Matsushita afirma também que "se a comunidade perceber que numa empresa não existe vontade de servir ao público, certamente ela acabará falindo". As pessoas precisam notar que a empresa tem vontade de ser útil, prestar um bom serviço, ter um bom produto.

Desta forma, o empreendedor além da disposição de trabalhar muito, propósito de servir, ser útil, precisa ter conhecimento de marketing digital, propaganda, vendas, etc. O marketing e a propaganda "não é para vender", mas para levar uma mensagem, uma atração que faz com que as pessoas percebam que a empresa tem o propósito de servir às pessoas.

Se você é do tipo que não presta atenção nas pessoas, não está nem aí para os outros, do tipo que nunca liga a seta do seu veículo antes de virar para a direita ou para a esquerda, nunca apaga a luz quando sai do escritório, é bom mudar de postura antes de tentar um empreendimento. Com certeza falta a característica fundamental para ser um empreendedor de sucesso: servir, ser prestativo, ser útil às pessoas. E aí, você está pronto para ter um empreendimento bem sucedido?

*Administrador de empresas e presidente do Grupo AfixCode.

SITE: www.afixcode.com.br

Opinião

"A corrupção vai acabar quando a pessoa que comete o delito tiver medo, porque a probabilidade de ser pego é alta e o custo de ser pego é alto. No Brasil, a probabilidade de ser pego é baixa e o custo, para a grande maioria, é nulo. (...) Lei o Brasil sempre teve. O problema é cumprir a lei. As leis brasileiras, no papel, em geral são muito avançadas. O que nos falta é conseguir fazer com que elas se tornem realidade e comportamento."

Eduardo Giannetti, economista e filósofo.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Os 3 Ds mais importantes para o sucesso

por Orlando Oda*

O professor Karl Anders Ericsson, da Universidade da Flórida, conduziu uma pesquisa que ganhou grande repercussão atráves do livro "Outliers", de Malcolm Gladwell. A conclusão mostra que os gênios não possuem um QI altíssimo. Isso quer dizer que qualquer pessoa normal pode alcançar feitos extraordinários. Então, quais são os fatores fundamentais para alcançar o sucesso?

Há dois anos resolvi me matricular num curso de língua japonesa. Tomar a decisão foi a primeira coisa a fazer. Isso influi diretamente nos fatos e acontecimentos felizes ou infelizes, sucesso ou insucesso. Podemos afirmar que cada um constrói o seu futuro por meio das decisões tomadas hoje.

Estou na sala de aula porque decidi e determinei que iria aprender a língua japonesa, saber usar corretamente a linguagem formal, informal, ler pelo menos mil “Kanjis” para me comunicar corretamente no Japão. A decisão é importante, é o primeiro passo. Mas precisamos continuar caminhando. A determinação é o que faz você continuar rumo ao objetivo da decisão.

Ela é o segundo fator mais importante para o sucesso. Tomar uma decisão é fundamental, mas isso não basta. Frequentar as aulas todos os dias após um dia de trabalho, estudar e fazer as lições de casa todos os dias é cansativo. Dá vontade de desistir. É preciso determinação para continuar frequentando o curso.

Determinar é construir o seu castelo, tijolo por tijolo, dia após dia, não durante uma semana, um mês, um ano, mas durante anos. Determinar é persistir, é perseverar um objetivo no longo prazo, para isso é preciso ter paixão, preparo físico e mental.

A corrida para o sucesso profissional ou empresarial não é uma corrida de curta distância, não é uma competição de 100 metros. A corrida da vida é sempre uma maratona. Determinação é viver a maratona da vida dia após dia, por anos seguidos sem nunca desistir.

Buscar o conhecimento é o primeiro passo para realizar qualquer coisa, porém é preciso transformar o conhecimento em habilidade. No meu caso estou fazendo o curso de língua japonesa e não basta só frequentar a aula. É preciso estudar, fazer lição de casa, ouvir, ler, praticar para poder comunicar corretamente no Japão, sem cometer gafes.

O terceiro fator mais importante para o sucesso é a dedicação. Para conseguir realizar qualquer coisa é necessário dedicar tempo. Todas as pessoas bem sucedidas, todos os campeões mundiais souberam superar as dificuldades, para isso se esforçaram muito treinando, treinando, treinando. Repetiram os exercícios centenas, milhares de vezes para se aperfeiçoarem.

Os fatores fundamentais para alcançar o sucesso são: decisão, determinação e dedicação. Os Beatles fizeram aproximadamente mil e duzentos shows em clubes de strippers e bares de pouca expressão em Hamburgo e Liverpool durante cinco anos (entre 1957 a 1962) até conseguir o primeiro sucesso. Isto não ocorrreu só com eles. Podemos citar: Thomas Edison, Roger Federer, Sebastian Vetel, etc.

No livro de biografia do Roger Federer há o depoimento do primeiro preparador físico. Perguntado se na época imaginava que ele se tornaria num dos maiores tenistas a resposta foi: “obviamente que não. Eu nunca imaginei que tinha sob o meu comando o futuro "ás" do tênis mundial”, dizia. Já Federer, aos 17 anos já dizia que queria se tornar o número um do mundo. Estava decidido, mesmo não tendo nenhum ponto na classificação.

Perguntado também sobre o segredo do sucesso do Federer a resposta foi: “Não existe sucesso sem trabalho. Ele investiu muitas horas de preparo na coordenação, na força e em suas condições físicas. Na quadra ele parece bem rápido porque possui uma coordenação espetacular. Mesmo que alguém já nasça com talento, isso não seria suficiente para tornar um campeão”.

Dos exemplos podemos concluir que o sucesso depende só da própria pessoa: da sua decisão, da determinação e dedicação. Como afirmou Thomas Edison: “Nossa maior fraqueza é a desistência. O caminho mais certeiro para o sucesso é sempre tentar apenas uma vez mais” Ainda falta um ano para concluir o curso e pelo menos mais três anos para chegar nos mil “Kanjis”. Para isso preciso ir novamente na aula de hoje...


*Administrador de empresas e presidente do Grupo AfixCode.

SITE: www.afixcode.com.br

Opinião

"As coisas mais interessantes podem estar sendo produzidas numa periferia, como no caso do funk, ou na África, caso do cinema na Nigéria. Esses sinais de explosão criativa estão espalhados."

Hermano Vianna, antropólogo.