quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O poder da persistência: por que devemos tentar mais uma vez?

por Orlando Oda*

Quarenta anos atrás a praia que frequento no litoral norte de São Paulo era cheia de árvores e muitas sombras naturais. Não havia necessidade de levar guarda-sol. Bastava estender uma esteira e fazer o hanami (como os japoneses fazem para passar o dia se divertindo com os amigos e familiares).

Hoje, as árvores praticamente desapareceram das praias. Restam poucas. Todos os anos elas se esforçam para preservar a espécie. Produzem muitas frutas e sementes que são esparramadas pelo chão, brotando em grande quantidade nas areias. Alguns meses depois não há mais sobreviventes porque foram mortas, pisoteadas pelos banhistas.

Como não adianta reclamar (nem sei para quem reclamar), decidi fazer alguma coisa. Na primeira tentativa apanhei os frutos, esparramei em locais pouco frequentados. Muitas sementes brotaram. Mas não sobreviveram devido à inadequação do lugar. Outras também foram pisoteadas porque não havia uma sinalização adequada.

Na segunda tentativa cavei e levei as mudas das árvores com raízes. Plantei em locais protegidos pela sombra de arbustos nativos. Fiz uma boa sinalização para chamar a atenção. Mesmo assim, todas as mudas foram pisoteadas e mortas. No verão as pessoas estacionavam os carros na sombra, pisoteando tudo que encontravam pelo caminho - só para abrigar o automóvel.

Fiz a terceira tentativa motivado pelas notícias dos efeitos das mudanças climáticas, já bem visíveis na praia. Muitas árvores estavam tombadas devido à ação das ondas que invadiram as areias. A ideia foi plantar mudas bem mais altas, para serem fortes e visíveis. Imaginei que se fosse assim as pessoas iriam respeitar.

Levei muitas sementes para minha casa em São Paulo. Fiz um viveiro de mudas. Cuidei mais de um ano até atingirem uma boa altura. Fiz várias viagens para transportar as mudas com automóvel. Ida e volta são mais de 500 km. Cavei buracos bem fundos, sinalização bem visível com pedras e troncos de árvores.

Consegui acompanhar o crescimento por muito pouco tempo. Não são todas que conseguem sobreviver mesmo com raízes fortes. Locais distantes do mar tem pouca umidade. Bastou o primeiro feriadão para a decepção total. Os carros e as pessoas haviam pisoteado quase todas as mudas. Mais de cem mudas e restavam pouco mais de meia dúzia.

Desisti. Não costumo fazer isso. Guardo uma frase para enfrentar as dificuldades: “a diferença entre o sucesso e insucesso está em tentar mais uma vez”. Desisti porque não consegui visualizar uma solução, uma outra forma de agir. A minha vã filosofia diz que errar uma vez é normal; errar pela segunda vez é teimosia; fracassar pela terceira vez é burrice.

Não fui mais à praia. A insensibilidade, a individualidade das pessoas me deixava sem vontade. Os frequentadores daquela praia são na maioria jovens. Devem ser jovens com boa educação, bom poder aquisitivo e suponho, bem informados. Incompreensível a atitude de pisotear as mudas ignorando a sinalização, só para estacionar o carro o mais próximo da praia, nas sombras, como se fossem inválidos ou idosos com dificuldade de locomoção.

Apesar do espírito solidário, são muito individualistas. São solidários e participativos depois que a casa cai. Deixam tudo para depois. Por isso, os políticos "deitam e rolam". Não desenvolveram o senso do dever coletivo. Assim o que é de todos, acaba não sendo de ninguém. Fala, fala, cobra a responsabilidade das autoridades e da sociedade, mas falta iniciativa individual, assumir a responsabilidade, agir e fazer a sua parte.

Depois de quase dois anos, voltei à praia. Fui caminhar. Passei pelos locais onde havia plantado as mudas. Não tinha nenhuma expectativa. Uma grande surpresa! Duas ou três árvores ainda estavam vivas e cercadas. Alguém estava cuidando. Alguém plantou novamente as árvores praticamente nos mesmos locais, com cerquinhas.




Veio à memória a frase inspiradora do Thomas Edison: "Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez". Alguém captou a mesma ideia. Está tentando preservar as árvores. Pode ser mesmo que Deus existe. Pode ser que esteja dizendo: "tente mais uma vez". Que 2014 venha cheio de desafios, e que você consiga tentar quantas vezes forem necessárias!

*Administrador de empresas e presidente do Grupo AfixCode.

SITE: www.afixcode.com.br

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Opinião

"O urbanismo caminha para o lado da política. Da liderança de ideias. Arquitetura é design, mas é também organizar grupos de pessoas. (...) O assunto ainda é estética, mas temos de nos conectar a uma realidade maior."

Thom Mayne, arquiteto.

A ressaca pós-natal no ponto de venda

por Marcelo Murin*

O natal ainda não passou oficialmente, mas para os PDV´s (pontos de venda) ele já se foi - com exceção para alguns poucos atrasadinhos que adoram a emoção de deixar tudo para a última hora. Fica aquela sensação de fim de festa, visual de terra arrasada, com as lojas em completa desordem, mas com o sentimento de dever cumprido, onde cada um contabiliza seus lucros e começa a planejar o próximo ano.

Mas e agora, o que fazer com os espólios deste período de bonança, minimizando investir os ganhos obtidos durante o período da fartura? Sim, é sabido que sempre sobram estoques pós-períodos de alta demanda - claro que para uns mais e outros menos, mas devemos estar preparados para agir nestes momentos antes da próxima onda de demanda, que certamente virá tanto da indústria como do próprio consumidor em busca de novidades e reabastecimento.

Para aqueles consumidores que sabem trabalhar muito bem sua ansiedade é o período ideal para irem às compras. É a verdadeira “black friday” brasileira, onde os preços efetivamente são rebaixados. No entanto, gostaria de questionar: será que não há mais nada a fazer do ponto de vista promocional além da baixa de preços neste período com tendência de queda de consumo? Acredito que sim, mas depende muito de cada categoria de produto a ser trabalhada.

Como exemplo, podemos fazer combos como “leve um e pague dois”, parcelamentos, oferecer prêmios ou brindes na compra de um determinado valor ou volume, criar programas de fidelização e uma infinidade de opções. Basta ser criativo e não ter medo de errar.

O mais interessante é que apesar desta ação ser uma tática de vendas específica para solucionar uma questão pontual de redução de estoque, pode e deve ser previamente estabelecida dentro de um planejamento estratégico realizado para o PDV - por menor que ele seja.

Desta forma podemos afirmar que aproveitar muito bem a “ressaca do natal” é importantíssimo para o PDV iniciar bem o ano - e pode fazer toda a diferença para o resultado final do seu negócio, tanto no aspecto de resultado de vendas e lucratividade quanto no relacionamento com seus clientes, buscando a proximidade e fidelização durante um período de baixa demanda.

Outro lado importante a ser considerado é com relação à sua equipe. Aproveite a redução do movimento e recicle seu time, dê férias escalonadas, treine seu pessoal, gere motivação, pois manter a energia deles em alta é essencial para trazer seus resultados ao longo do ano. Sabemos que toda empresa é constituída de pessoas e se elas não estiverem bem preparadas, engajadas e comprometidas, de nada irá adiantar todo o resto. Portanto, trabalhe por seus funcionários para que eles trabalhem por sua empresa.

No fundo nem toda ressaca é ruim. Ela nos faz refletir o que fizemos de errado e planejar melhor o que virá pela frente. Então, aproveite a “ressaca do natal” para se livrar das mazelas de 2013 e preparar um 2014 brilhante e de sucesso para seu PDV. Esses são os meus votos.

*Administrador de empresas com especialização em marketing e sócio-diretor da SOLLO Direto ao Ponto.
 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Opinião

"Digamos assim: se você é bom com números, tente fazer uma pintura. Se é bom em escrever, tente resolver equações matemáticas ou jogar Sudoku, e por aí vai. (…) Quanto mais pratos diferentes você experimentar, mais referências de sabor seu cérebro vai armazenar. O mesmo vale para experiências, conhecimento e práticas em quaisquer áreas."

Madalena Feliciano, diretora de projetos da Outliers Careers.

 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Seis dicas para escolher a franquia ideal

por Diego Simioni*

Quando o assunto é encontrar uma franquia ideal para investir, nem sempre as pesquisas pela internet são a melhor solução. Realmente a rede mundial de computadores tem um vasto conteúdo sobre franquias, mostrando as oportunidades do franchising nos mais diversos segmentos e nichos. As variedades de redes de franquias são enormes e na internet o investidor encontrará várias informações, mas todas muito preliminares.

Para fazer a escolha de fato, é importante ir muito além das pesquisas pelo computador. Bater perna nas feiras e agendar reuniões com consultores especialistas na área são atividades fundamentais nessa fase. Mas, antes de mais nada é preciso saber em que segmento se gostaria de investir. Noto pela minha experiência que cerca de 70% dos candidatos a franqueados nem ao menos sabe essa resposta. Ter afinidade com o negócio em que pretende atuar é tão importante quanto ter o aporte de capital. Digo isso pois todos os franqueadores tentarão convencê-lo de que a rede que eles gerenciam é a melhor para realizar a compra. Se você não sabe exatamente o que quer, pode ser que caia em alguma armadilha.

Para ajudar nessa fase, listei seis dicas fundamentais para quem deseja entrar para o universo das franquias. Trata-se de um check-list básico, que nada mais é um questionário inicial para os potenciais franqueados. Procure responder com sinceridade a cada uma das perguntas.

1. Por que estou buscando uma franquia? A maioria das pessoas busca na franquia sua principal fonte de receita. Nesse caso, saber a expectativa de ganhos com a franquia é fundamental. Quando atingir a maturidade, o negócio que você vai entrar precisa propiciá-lo minimamente o seu patamar econômico atual. Outras pessoas querem comprar uma franquia como um investimento e não pretendem tocar o dia a dia do negócio. Nesse caso a atenção deve ser triplicada. É importante ter alguém de confiança para operar e checar se o franqueador permite essa configuração. A afinidade da pessoa que irá operar o negócio com a franquia é decisiva, independente de quem está aportando dinheiro e em qual proporção. Decidir a faculdade do filho, na maioria das vezes não funciona. E aqui, aplica-se a mesma regra: o perfil de quem vai operar o negócio deve ter sinergia com a atividade da franquia escolhida.

2. Quais são minhas habilidades e competências? Qual é meu perfil comportamental? As perguntas relacionadas a comportamento e perfil são extremamente importantes e devem ser as primeiras a serem respondidas. Não pense que pelo fato de entrar num sistema de franquias que possui regras estabelecidas seu comportamento mudará da agua para o vinho por conta dessas regras. Isso dificilmente irá acontecer.

3. Tenho disponibilidade para trabalhar aos sábados, domingos e feriados? Se não tem disponibilidade, nem perca seu tempo com operações que trabalhem exclusivamente em shopping center. Operações de alimentação em geral, costumam exigir uma carga de trabalho mais elevada. Entretanto, nem tudo está perdido: existem franquias onde você tem a flexibilidade de trabalhar na sua própria casa. Vale a pena buscar a opção que mais se adequa ao seu perfil.

4. Quanto dinheiro tenho para investir? Com a nova oferta de crédito, tenho observado pessoas que desejam abrir negócios que exigem investimentos razoavelmente altos (acima de trezentos mil reais) certos de que vão conseguir financiamento. Essa é uma má ideia. É possível que o empréstimo não saia e, mesmo se sair, será preciso pagar por ele e nenhum negócio do mundo fornece lucros polpudos desde o começo, suficientes para sustentá-lo e ainda pagar o banco ao mesmo tempo. Cuidado para não começar dando um passo maior que a perna.

5. Qual o melhor ponto comercial? Todo investidor de franquia tem dúvida se abre loja de rua ou de shopping. Quando falamos de operações de shopping, fique atento aos valores de pontos comerciais. Muitos se iludem que gastarão menos com reforma em um espaço neste local. Isso nem sempre é verdade. De qualquer forma, saiba que os pontos comerciais tem valor elevado, e não tenha dúvidas de que quase sempre os custos para abrir uma loja no shopping são superiores se comparados a abrir uma loja na rua - o que nem sempre quer dizer que esta é a melhor opção. Tudo depende do perfil do negócio e do franqueado.

6. Espero pela marca desejada ou abro longe de casa? Muitas marcas extremamente procuradas, não possuem territórios disponíveis perto da sua casa ou ainda, não possuem nenhum território na sua cidade. Nesses casos, ou você entra na fila e espera, ou parte para a outra. A opção de mudar de cidade para abrir a franquia deve ficar em terceiro plano.

Em suma, a decisão de investir numa franquia deve ser muito bem pensada e planejada. Ao contrário do que muitos imaginam, comprar uma franquia não é garantia de sucesso. Obviamente, esse modelo de negócio tem mais chances de dar certo do que um que comece do zero porque conta com a experiência do franqueador, que já testou e aprovou o modelo. Mas, antes de bater o martelo é importante analisar uma série de fatores, em especial se aquela marca é mesmo a ideal para você. Não poupe tempo e nem meça esforços nessa busca. No mais, te desejo boa sorte!

*Administrador de empresas e sócio-fundador da GOAKIRA Consultoria Empresarial.

SITE: 
www.goakira.com.br

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Opinião

"Quando falamos no mercado de trabalho brasileiro, é importante entender que no ano de 2013 houve uma sensível melhora em relação a 2012 na quantidade de empregos disponíveis. A economia do país, apesar de não crescer como o esperado no ano, impulsionou positivamente o mercado de trabalho, principalmente nos setores da indústria e de serviços. (...) Em linhas gerais, hoje existe uma oferta muito grande de mão de obra no Brasil, porém, em empregos que demandam o médio ou alto nível de especialização, enfrentamos dificuldades para contratação."

Marcelo Lebrero Simão, especialista em gestão estratégica de pessoas e coordenador nacional de RH na Duratex
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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

3 comportamentos que autossabotam

por Renato Maggieri*

Há alguns anos trabalhando com comportamentos que geram resultados, vejo muitos empreendedores e profissionais que, a partir do reconhecimento e substituição de comportamentos inadequados, têm obtido resultados positivos, além de se tornarem mais felizes a partir de tais mudanças, das quais posso citar:

1 - Aversão às metas

Sob o ponto de vista dos comportamentos empreendedores há um dado alarmante: 95% das empresas no Brasil não estabelecem metas para suas equipes e dos 5% que o fazem, 3% é de forma errada, sendo assim, somente 2% das empresas definem metas e as monitoram corretamente.

Diante desta realidade não é difícil concluir que “metas” são extremamente mal vistas pelos profissionais, pois a esmagadora maioria não sabe o que é ou viveu uma experiência frustrada com o assunto.

A ignorância sobre tema faz com que haja rejeição ou até mesmo uma aversão, que autossabota os que trabalham sem ter que trabalha sem ter metas, pois para todo aquele que não sabe onde quer chegar, qualquer lugar que chega está bom, o que gera um conformismo com a mediocridade.

2 - Falta de planejamento

Nascemos latinos, brasileiros, somos espertos, descolados e damos um jeitinho em tudo. Tudo isso é muito bom e tem o suas vantagens. O problema é que não dá pra confiar no pensamento de que sempre tudo vai dar certo. Os povos nórdicos e orientais usam mais da metade do tempo disponível para um projeto planejando e o restante do tempo, executando e monitorando os resultados. Nós gastamos pouco tempo planejando e por isso, usamos a maior parte dele executando o projeto e refazendo o que saiu de errado. Essa autoconfiança excessiva é autossabotagem, pois nos faz crer que no final tudo dará certo no final.

 

3 - Necessidade excessiva de reconhecimento

Há pessoas, que por experiências muito dolorosas em seu passado - especificamente na primeira infância -, apresentam carências que se manifestam como necessidade excessiva de reconhecimento. Obviamente é muito bom receber palavras de encorajamento por um trabalho bem feito e não há nada errado com isso, mas os problemas se dão, quando essa necessidade é excessiva ou quando o superior hierárquico não é muito dado a reconhecer.

Esta carência - que precisa ser trabalhada resolvida - muitas vezes prejudica o profissional quando o reconhecimento não vem, gerando frustração e sentimento de rejeição, que por sua vez, faz com que o profissional fique desmotivado e improdutivo e até mesmo amargo, tornando difícil a convivência.

Identificar, reconhecer e mudar comportamentos perniciosos é fundamental para todo aquele que quer ser bem sucedido em qualquer área da vida.

*Consultor de negócios e palestrante.


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Opinião

"O professor não ensina, ele explica a matéria. O maior responsável pelo aprendizado é o próprio aluno, e os pais que precisam incentivá-lo. Para aprender, é preciso cultivar o cérebro. (…) Se não mudarmos a forma como ensinamos nossas crianças, dificilmente vamos melhorar nossos índices de aprendizado no Enem e no PISA. Não precisamos aumentar matérias e horas de estudo e, sim, adquirir o hábito de estudar com atenção, estimulando o cérebro."

Pierluigi Piazzi, químico, físico, escritor e professor.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Pirataria: o barato que sai caro para todo mundo




Três toneladas de mercadoria pirata foram destruídas hoje no DF. O evento
ocorreu em comemoração ao Dia Nacional de Combate à
Pirataria. (Foto: Flávio Barbosa / SEOPS-DF)




 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Escutar: a ferramenta ideal para fazer sua empresa crescer

por Thiago Ermano*
 
Para receber bons retornos sobre suas ideias de negócios - seja para começar algo ou para criar algum conceito ou novo serviço - o segredo é escutar com atenção o dizem os públicos aos quais se direcionam seus produtos ou serviços. As críticas são mais valiosas do que os elogios - fique atento com esta questão. Familiares, amigos, especialistas, mentores, clientes. Todos podem dar 'pitacos', mas qual é o peso de cada opinião?

Família e amigos - costumeiramente essas serão as pessoas mais receptivas às suas ideias pelo relacionamento pessoal que mantém, e isso os torna, naturalmente, menos isentas no momento de fazerem suas considerações. Muitas vezes sobram mais agrados do que críticas - estas últimas, no final das contas, que ajudam um empreendedor a repensar os caminhos e a evoluir profissionalmente. Parentes e amigos, dificilmente, serão tão "duros" na hora de apontar falhas mais graves na concepção da ideia, nos mercados que pretende explorar, na forma de cobranças, etc. Neste caso, opte por ouvir pessoas isentas, sem envolvimento emocional com você e, tampouco, com outros membros de sua equipe de empreendedores, elas trazem um feedback mais realista para as suas perguntas.

Especialistas-Mentores - sempre que possível, apresente seu projeto para profissionais que tenham mais experiência do que você, em diferentes áreas. O ideal é que não seja feita como uma simples pergunta e resposta, mas sim uma "venda" do produto ou serviço - assim como fará com possíveis clientes e investidores. Por exemplo: se não tem boa formação em Gestão, procure quem seja referência no setor em que atuará e peça uma "ajuda voluntária" - se não arriscar nunca saberá das possibilidades de aprender o que eles sabem. Lembre-se: o conhecimento desses profissionais pode se tornar um atalho para acertos mais rápidos. Cerque-se de pessoas capacitadas e que sejam capazes de somar ao que já desenvolveu. Não entende nada sobre a área Jurídica? Procure advogados que lidem com contratos, áreas trabalhistas e tributárias, etc. Não se esqueça de consultar, ainda, especialistas em TI, profissionais de Comunicação e Marketing para pesquisar se está no caminho certo. Estes, sim, são mais confiáveis para apontar defeitos ou indicar caminhos para o crescimento da equipe e do projeto.

A voz do cliente - após identificar quem são seus possíveis consumidores valide seu projeto/produto com eles. Eles são o termômetro mais próximo que indicará se o que sua empresa oferecerá ao mercado tem ou não interesse de compra. Há quem diga que você deve conquistar nessa fase seus primeiros clientes, e se isso ocorrer você terá um indício de sucesso. Para tanto, procure elaborar perguntas que coloquem o problema que pretende resolver com o seu negócio no centro da atenção. Ou ainda, crie perguntas que consigam te levar a concluir que há uma possibilidade real deste público virar um real consumidor, como por exemplo: "o trânsito intenso te estimula a fazer cursos online?". Opte por incluir questões, como: "você faria mais cursos à distância se encontrasse ferramentas gratuitas na internet?", entre outras.

Escutar é sempre complicado, e necessário, já afirmava o escritor Rubem Alves: "Sempre vejo anunciado cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir." E você? Está pronto para escutar (com maturidade) o que os outros têm a dizer sobre seu negócio?


*Jornalista e Assessor de Comunicação da Anunciattho Comunicação.

SITE: www.anunciatthocomunicacao.com.br