segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Opinião

"Comece o ano valorizando o que, de fato, faz a vida valer a pena para você. Pode estar na prática de um esporte, no ouvir uma música, na leitura de um livro, em um olhar, em um encontro, em uma conversa gostosa... enfim... a fórmula é única para cada um. Não adianta imitar a do outro. Cada um tem a própria. Ache seu jeito próprio e real de ser feliz. E entre em 2016 pela porta da frente!"

Ana Escobar, médica pediatra, professora da Faculdade de Medicina da USP, consultora do programa Bem Estar da TV Globo e colunista da Revista Crescer da Editora Globo.

Economia e a Bíblia cristã

por José Pio Martins*

A época de Natal não é muito propícia para discutir economia, pois as atenções estão concentradas nas férias e nas festividades. Mas, como os problemas econômicos, os nacionais e os pessoais, insistem em invadir nosso cotidiano sem pedir licença, dá para usar o livro do aniversariante - a Bíblia cristã - a fim de extrair algumas lições para a gestão da economia do país e das finanças pessoais. A Bíblia é rica em lições úteis. Citarei três.

Começo com a advertência feita aos políticos e aos homens de governo em Lucas 11:46, que diz: "Ai de vós, doutores das leis, que carregai os homens com cargas difíceis de transportar quando vós mesmos nem com um de vossos dedos tereis de tocá-las". Teoricamente, quando um político se elege, sua preocupação prioritária é com o bem público e em servir ao povo. Só teoricamente. Na prática, a primeira preocupação de um político é consigo mesmo e seu objetivo principal é a manutenção do poder.

Se, para ter êxito pessoal e conseguir permanecer no poder, o político precisa servir ao povo, isso é apenas uma feliz coincidência. A primeira tendência do político no poder é inchar o Estado, conceder vantagens a si e aos que tripulam a máquina de governo e sobrecarregar a sociedade com tributos e dívida (dívida pública é dívida do público).

A segunda lição está em Lucas 14:28-30, que ensina: "Qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: este homem começou a edificar e não pôde acabar". Esse ensinamento deveria ser pregado nos gabinetes de todos os governantes e burocratas que têm a responsabilidade de gerenciar o dinheiro público. No Brasil, com um enorme canteiro de obras inacabadas, malfeitas e superfaturadas, cujo exemplo presente mais relevante é o escândalo da Petrobras, essa lição deveria ser adotada como prece matinal de todos os executivos estatais.

A terceira lição vem da parábola do semeador, que está em diversos livros bíblicos, um deles Mateus 13:1-9, e pode ser usada com significados diversos: "Certo homem saiu a semear. Uma parte das sementes caiu à beira do caminho, vieram as aves e as comeram. Outra parte caiu no meio de pedras, onde havia pouca terra, e as sementes brotaram; mas, tendo saído o sol, elas secaram, pois não tinham raízes. Outra parte das sementes caiu no meio de espinhos; estes cresceram e as sufocaram. Outra parte caiu em terra boa e deu frutos, produzindo até cem vezes mais". A lição serve para nossa vida profissional, para o empreendedor privado e, sobretudo, para o governo e suas estatais. O cipoal de desperdício e corrupção que a imprensa denuncia diariamente é prova de quanta semente (tributos) é lançada em solo infértil sob a direção de administradores incapazes e corruptos. Estima-se que, embora o Brasil tenha renda per capita de US$ 11 mil/ano, um quinto disso é jogado no lixo do desperdício e da corrupção.

Em menos de dois anos, o Ministério Público Federal (MPF) ingressou com 33,3 mil ações contra pessoas suspeitas de praticar ato de corrupção no país. Em média, foram 50 ações por dia. São números do banco de dados do MPF. Roberto Campos parecia ter razão quando dizia que, no governo, prevalecem dois tipos de burocratas: os que são incapazes e os que são capazes de tudo.

*Economista e reitor da Universidade Positivo.

Como lidar com a frustração da reprovação

por José Ivair Motta Filho*

As festividades do fim do ano parecem não ter a mesma magia para quem não atingiu o sucesso esperado nos estudos. A reprovação - seja no Ensino Fundamental, no Ensino Médio ou no vestibular - vem sempre acompanhada do sentimento de frustração. A adrenalina e outros hormônios liberados nessas situações podem induzir o estudante ou os próprios pais a agirem por impulso e procurar uma forma de recusar, fugir, transferir, mascarar, adiar ou esconder o problema. Por padrão, aprendemos que devemos evitar de qualquer forma as variações do "volte uma casa".

Terceirizar a culpa pela derrota, culpando alguém ou algum fator externo não é uma boa escolha para tentar tirar dos ombros o peso do erro. A estratégia pode ser útil para aliviar a pressão, mas dificilmente resolverá o problema. O melhor caminho é aceitar o fracasso como apenas mais um degrau para o sucesso. Afinal, aprendemos muito mais com nossos erros que com os acertos. Mas, para isso, precisamos aceitar a derrota e entender onde falhamos. 

Errar é o que nos faz humano. Apesar da dor, o momento em que se reconhece o fracasso é libertador. Só depois de entender os erros é possível ver o que deveria ter sido feito e como investir em novas ideias de uma forma diferente. Não se trata de celebrar a derrota, porque obviamente ninguém gosta de errar, mas aceitar que até as falhas possuem seu lado positivo e saber tirar lições das adversidades. Henry Ford foi à falência cinco vezes antes de construir uma fábrica moderna e um carro simples, acessível e fácil de usar, tornando-se um sucesso em vendas. Albert Einstein foi reprovado no primeiro vestibular. A história de Harry Potter, de J. K. Rowling, foi recusada por dezenas de editoras e demorou sete anos para ser publicada.

Antes de ficar para a história com um homem de sucesso, Steve Jobs, o fundador da Apple, desistiu da escola e foi afastado da própria empresa. Aos 30 anos estava devastado, mas considerou a queda como aprendizado e, por isso, mudou sua forma de agir e entrou num dos períodos mais criativos da sua vida. Regressou à Apple e, sob sua orientação, a empresa criou vários produtos icônicos, como o iPod, o iPhone e o iPad, entrando no período de maior ascensão da companhia. O que diferencia os vencedores é a atitude positiva diante de suas derrotas. O medo de errar afeta negativamente os estudantes por toda a vida escolar. E é exatamente esse mesmo medo que pode nos impedir de fracassar que nos distancia do sucesso. Crianças e adolescentes que não aceitam os erros possuem menor disposição a assumir riscos - e, sem riscos, dificilmente há grandes conquistas.

Um ano cursado novamente não é um ano perdido. É mais uma chance de alcançar o próximo degrau com o máximo de aproveitamento. A repetência é um mecanismo que impede que alguém sem os requisitos necessários mude de etapa - e é importante entender que cada um tem o seu tempo. De que adianta passar no vestibular e entrar numa faculdade de engenharia sem entender de Matemática? Afinal, é melhor ser repetente na escola que reprovado pela sociedade, pelo mercado de trabalho e pela vida.

*Professor de Física do Ensino Médio no Colégio Positivo e de Cálculo Diferencial e Integral das Engenharias na Universidade Positivo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Opinião

"É difícil encontrar algo nessa nebulosa de lixo sonoro. (...) A única esperança no mercado musical é fazer diferente."

Nelson Motta, produtor musical, compositor, escritor, roteirista e jornalista.

Saiba como se comportar na festa da firma

com informações da Toda Comunicação

O clima de final de ano já está aí, batendo em nossas portas. E é nessa época que acontecem as confraternizações do trabalho, de empresas e também as festas de final de ano. Porém, apesar de serem comemorações, é preciso ter a consciência de que aquela situação também é um ambiente de trabalho, onde se comportar mal pode acabar custando até mesmo seu emprego.

Para o psicólogo Eraldo Melo, o objetivo primordial das festas corporativas é evitar cometer gafes. "Qualquer tipo de constrangimento não é bem vindo em uma festa da firma. As pessoas também avaliam o seu desenvolvimento humano nas confraternizações e por isso que é preciso tomar cuidado nas suas atitudes e também com o que você fala, pois qualquer coisa pode acabar denegrindo sua imagem", conta.

Assim, o especialista listou quatro dicas essenciais de como se comportar para você não sair queimado com seus colegas e chefes:

1) Evite assuntos polêmicos

Política e religião são os assuntos mais problemáticos, principalmente com pessoas que você não conhece muito bem como seus amigos e familiares. Portanto, se as opiniões forem divergentes, é possível que cause, no mínimo, uma situação incômoda. Além disso, um aspecto muito importante é a formalidade da linguagem: é claro que, apesar de ser uma celebração de fim de ano, uma das piores coisas é soltar palavras de baixo calão.

2) Roupas

Ser cauteloso com o traje é importantíssimo. Vá de acordo com o que a ocasião proporciona, ou seja, nada de achar que pode ir como quiser por ser uma festa. As mulheres devem ficar atentas principalmente nos decotes para não chamarem muito a atenção. Além disso, saias não devem ser muito curtas, principalmente por mostrarem mais do que se deve em alguns movimentos com a perna. E se houver música, é aconselhável evitar coreografias não convencionais. Tanto a sua roupa quanto seu comportamento podem fazer com que surjam comentários maldosos sobre você.

3) Não beba e nem coma muito

O álcool transforma as pessoas. Por isso, saiba beber com moderação para não passar vergonha. Divirta-se, mas com consciência. As pessoas que bebem, geralmente perdem a noção de como conversar e passam a tratar o próximo com mais intimidade. E, dependendo de como seu chefe e colegas sejam, isso pode não ser nem um pouco bom. Já em relação a comida, evite comer o que você não conhece e não exagere no prato também. Coma pequenas porções do que você já é habituado a comer.

4) A presença do chefe

Não é porque o dono da firma que você vai ficar com as atenções voltadas somente para ele. Pelo contrário, comprimente e seja educado com todos, porém, não exagere para flertes e sentimentos mais profundos. Além disso, não fique fazendo muita média com o chefe e, muito menos, peça um aumento. É um momento mais descontraído, então não arranje problemas e nem situações embaraçosas.

A melhor sugestão então, é tomar uma postura que não chame a atenção, mas que as pessoas percebam a sua presença. "Posturas muito exageradas, em qualquer fator do seu comportamento, pode te comprometer. E o contrário também, afinal, as pessoas devem notar que você está ali. Por isso, buscar a descrição é sempre o melhor", conclui Eraldo.