segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Inscrições abertas para o InovAtiva Brasil

O Inovativa Brasil, programa que oferece mentorias e aceleração de startups de forma gratuita, abriu inscrições para empreendedores interessados em alavancar seus projetos no primeiro ciclo de 2017. Os interessados têm entre 23 de janeiro e 20 de fevereiro para acessar o site oficial e se candidatar a uma das 300 vagas para capacitação, mentoria e conexão com possíveis investidores.

O InovAtiva Brasil é realizado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e pelo Sebrae, com execução pela Fundação CERTI. Em 2016, o programa recebeu 2.521 inscrições e selecionou 600 startups para dois ciclos de aceleração. "Consolidamos nosso trabalho e agora nos preparamos para expandir o programa", afirma diretor do Centro de Empreendedorismo Inovador da Fundação CERTI, Leandro Carioni.

O secretário de Inovação e Novos Negócios do MDIC, Marcos Vinícius de Souza, explica que a expectativa para este ano é de avanços no programa, que já oferece capacitação em empreendedorismo inovador. Os participantes têm acesso a cursos gratuitos, contato com mentores nacionais e internacionais, investidores e outros parceiros. "Os empreendedores apresentarão seus projetos a executivos experientes, com vantagens adicionais, como possíveis parceiros e até apoio para internacionalização dos projetos", conta Marcos Vinícius.

Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif, a grande diversidade de negócios acelerados pelo programa dá visibilidade ao empreendedorismo no Brasil. "Em 2016, tivemos 600 empresas aceleradas nos mais diversos segmentos da economia. Isso reforça que a inovação está em toda parte e deve ser incentivada, especialmente para garantir a competitividade dos pequenos negócios", avalia o presidente do Sebrae.

Um exemplo claro de sucesso na aceleração é o da startup HairAdvisor, que encontra os melhores cabeleireiros a serviços de acordo com avaliação de clientes. "É uma experiência gratificante. Um programa que consegue unir a mentoria coletiva, individual, on-line e presencial e possibilita que muitos possam participar. É o lugar ideal para encontrar quem pode nos ajudar na nossa dor", comemora a CEO Bruna Marinelli.

Serviço: Inscrições para o ciclo 2017.1 do InovAtiva Brasil

- De 23 de janeiro a 20 de fevereiro, somente pelo site www.inovativabrasil.com.br

- Quem pode participar: startups com negócios inovadores
 
- Até 300 empreendedores serão selecionados 

Opinião

"De certa maneira, sou um antropólogo da visualidade. Mas agora sinto falta de ir além das formas, para tentar entender quem são as pessoas que fotografo. Hoje, embora me sinta jovem na cabeça, não sou mais tão jovem na carne. Se ainda tivesse tempo, gostaria de estudar psicanálise, para ir mais longe. A imagem já não me basta."

Walter Firmo, fotógrafo.

Cidades sustentáveis

por Marcus Nakagawa*

"Você sabia que pode transformar a sua cidade em mais sustentável?"

Sim, é possível. Existem vários movimentos para tornar as cidades mais inclusivas, amigáveis, agradáveis, transitáveis, menos impactantes ao meio ambiente, com menos lixo na rua, enfim, um sonho que muitos desejam.

Interessante que, todas as vezes que trocamos ou viajamos para outras cidades, seja no Brasil ou fora dele, conseguimos enxergar coisas boas que não conseguimos ver no nosso dia a dia. Dizem que a grama do vizinho é sempre mais verde, talvez porque cada dia mais estamos vendo o que está do lado de lá, do que do lado de cá. Mais as fotos dos outros nas mídias sociais do que dentro da sua casa.

Na reunião do nosso "condomínio" chamado planeta Terra, em setembro de 2015, os 193 países membros das Organizações das Nações Unidas (ONU) adotaram formalmente os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) com 169 metas para 2030, sendo um destes objetivos referente a Cidades e Comunidades Sustentáveis. Segundo a ONU, seria tornar as cidades e assentamentos humanos inclusivos, resilientes e sustentáveis.

Mas o que seriam estas cidades sustentáveis? Uma parceria da ARCADIS com o Centre for Economic and Business Research (Cebr) lançou em setembro a versão 2016 do Índice de cidades sustentáveis. Por meio de 32 indicadores, os pesquisadores elencaram as 100 cidades globais nas três dimensões da sustentabilidade: planeta, pessoas e prosperidade financeira.

A cidade da Suíça, Zurich, ficou no topo da lista com ações bem avançadas como a meta de ter dois mil watts de energia per capita, com investimentos em energias renováveis, prédios com certificações de sustentabilidade, além da mobilidade ser um exemplo para o resto do mundo com todos os tipos de transportes públicos. No topo das 15 mais sustentáveis, estão 13 cidades do velho continente, a Europa.

As cidades asiáticas Singapura (2ª do ranking) e Hong Kong (16ª) se destacam principalmente pelos índices de prosperidade financeira. São Paulo aparece em 79º, seguido de Buenos Aires e o Rio de Janeiro como 81º com bons índices ligados ao planeta.

Se pegarmos somente um destes indicadores, como os resíduos, existe um movimento que é o Zero Waste, que busca com que as pessoas, empresas e cidades não enviem nenhum lixo para aterro, que aproveitem o máximo reciclando ou ainda fazendo compostagem.

No Brasil, o movimento Lixo Zero é referência pela mobilização e engajamento de alguns grupos empresariais e cidades. Existe uma lista com todas as Zero Waste Municipalities que estão no plano de zerar os seus resíduos, e um bom exemplo é a cidade de Venlo no sul da Holanda. Desde 2006 tem adotado estes princípios de técnicas do “berço ao berço”, ou seja, reutilizar tudo o que é gerado.

Precisamos ficar atentos não só à grama do vizinho, mas como ele deixa a grama verde. Buscar soluções com nossos governantes, e às vezes não só ficar esperando, se juntar aos vizinhos, às ONGs, associações comunitárias e colocar a mão na massa, ou melhor, na Terra.

*Sócio-diretor da iSetor, professor da graduação e MBA da ESPM, idealizador e diretor da Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida.
 

Opinião

"Mais do que o comércio de roupas, a moda me interessa como imagem e como conceito. (...) Busco uma relação entre o corpo e sua abstração: o espiritual."

Jean Matos, artista.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Registrado primeiro medicamento à base de Cannabis sativa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do medicamento específico Mevatyl® (tetraidrocanabinol (THC), 27 mg/mL + canabidiol (CBD), 25 mg/mL), canabinoides obtidos a partir da Cannabis sativa, na forma farmacêutica solução oral (spray). É o primeiro medicamento registrado no país à base de Cannabis sativa.
 
O novo medicamento Mevatyl®, registrado em outros países com o nome comercial Sativex®, é indicado para o tratamento sintomático da espasticidade moderada a grave relacionada à esclerose múltipla, sendo destinado a pacientes adultos não responsivos a outros medicamentos antiespásticos e que demonstram melhoria clinicamente significativa dos sintomas relacionados à espasticidade durante um período inicial de tratamento com o Mevatyl®. O medicamento é destinado ao uso em adição à medicação antiespástica atual do paciente e está aprovado em outros 28 países, incluindo Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Suíça e Israel.
 
Mevatyl® não é indicado para o tratamento de epilepsia, pois o THC, uma de suas substâncias ativas, possui potencial de causar agravamento de crises epiléticas. O medicamento também não é recomendado para uso em crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade devido à ausência de dados de segurança e eficácia para pacientes nesta faixa etária.

Conforme dados de estudos clínicos realizados com Mevatyl® a ocorrência de dependência com o seu uso é improvável. Mevatyl® será comercializado com tarja preta em sua rotulagem e a sua dispensação ficará sujeita a prescrição médica por meio de notificação de receita A prevista na Portaria SVS/MS nº 344/1998 e de Termo de Consentimento Informado ao Paciente.

O medicamento será fabricado por GW Pharma Limited – Reino Unido, e a detentora do registro do medicamento no Brasil é a empresa Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda., localizada em São Paulo (SP). Maiores detalhes podem ser obtidos por meio da Nota Técnica elaborada pela área de registro de medicamentos específicos, GMESP/GGMED.

O que é um medicamento específico?

 
O termo "medicamento específico" aplica-se a produtos farmacêuticos, tecnicamente obtidos ou elaborados, com finalidade profilática, curativa ou paliativa não enquadrados nas categorias de medicamento novo, genérico, similar, biológico, fitoterápico ou notificado e cuja(s) substância(s) ativa(s), independente da natureza ou origem, não é passível de ensaio de bioequivalência, frente a um produto comparador.

A resolução RDC 24/2011 define os produtos que se enquadram na categoria de medicamentos específicos e dentre eles estão os fitofármacos, caso do medicamento Mevatyl®. Os fitofármacos são substâncias purificadas e isoladas a partir de matéria-prima vegetal com estrutura química definida e atividade farmacológica. São empregados como ativos em medicamentos com propriedade profilática, paliativa ou curativa. Não são considerados fitofármacos compostos isolados que sofram qualquer etapa de semisíntese ou modificação de sua estrutura química.