sábado, 31 de maio de 2014

Opinião

"Sei para onde a moda está indo. Vibro, sinto, pesquiso. (...) Quando estou fazendo uma coleção comercial, sou estilista. Vejo o ranking, o que estão querendo de mim, e faço o que pedem. Mas invisto sempre no laboratório para criar o meu futuro - é o que tenho de mais caro na empresa." 

Gloria Coelho, estilista.

Opinião

"A melhor pornografia rola naturalmente, com tesão entre os dois. Nem sempre na hora da conquista tomar a iniciativa significa atitude. Às vezes, é um olhar, uma abertura para a outra pessoa poder chegar."

Cleo Pires, atriz.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Opinion

"Data is like any other source. Documents have errors, and people we interview sometimes lie to us. So it is with data. The best we can do is try to verify it from independent sources, and then attribute the source of the data we use. If we later learn there are problems or errors in the data we used, we write follow-up stories that correct the errors and expose the source of them. Whether the source is chronic carelessness, underfunding of the collecting of the data, or outright cooking the books, it can be a good story."

Stephen Doig, journalist, professor of journalism at
Arizona State University. Knight Center MOOC: Investigative Journalism for the Digital Age professor. Consultant to print and broadcast news media.

Opinião

"Ao contrário da academia, na subida e descida de degraus o indivíduo usa o próprio peso corporal, o que promove a queima calórica e o fortalecimento da musculatura de pernas e quadris. Subir escadas também fortalece os braços. O próprio uso do corrimão pode ajudar no desempenho do movimento. (...) Recomendo ir aos poucos e não forçar demais. Para quem não está acostumado pode sentir-se cansado já nos primeiros degraus. Aumente gradativamente a quantidade de degraus. Comece subindo um ou dois andares apenas, e utilize o elevador para chegar ao andar desejado."

Fabio Ravaglia, cirurgião ortopedista e traumatologista.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Opinião

"Muita gente acha que a força de vontade está relacionada a ser duro consigo mesmo. (...) Isso é um erro. A força de vontade exige que sejamos compreensivos e acolhedores com nós mesmos."

Kelly McGonigal, psicóloga.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Opinião

"Nem mesmo hoje a ONU é capaz de evitar conflitos graves. (...) As grandes questões mundiais são definidas pelas nações mais poderosas de seu tempo, isso é inevitável. (...) Quando grandes interesses de nações poderosas estão envolvidos, as Nações Unidas pouco podem fazer."

Max Hastings, historiador e jornalista.

Cinco mitos sobre ter uma franquia

por José Carlos Fugice Jr.*

Muitos dos empreendedores que investem em franquias buscam maior comodidade, autonomia, qualidade de vida e estabilidade financeira. Tudo isso faz parte do pacote de vantagens de quem adere ao modelo de franchising. Mas engana-se quem acha que isso acontecerá de uma hora para outra. Chegar lá exige muita dedicação. Fique atento a alguns mitos que cercam o modelo de franquias:

Vou trabalhar menos: é claro que, sendo o dono de seu próprio negócio, o franqueado poderá ter maior liberdade em relação ao seu volume de trabalho e à sua agenda. Mas é importante ressaltar que para obter o sucesso desejado, o comprometimento e a disciplina do empreendedor são essenciais. 

Não significa que o franqueado vá trabalhar mais, necessariamente, mas é preciso estar pronto para isso, se for o caso, especialmente no começo. Além de cuidados próprios com seu investimento, o empreendedor terá que seguir regras da franqueadora e entender que ele precisa prestar contas para a empresa detentora da marca. 

Uma franquia oferece pouca liberdade de atuação: é um mito conhecido. Se você abrir uma franquia, não vai poder atuar com liberdade e só vai seguir as decisões do franqueador. Isso não é necessariamente verdade. De fato, as grandes campanhas de marketing e o plano de finanças estão nas mãos deles, mas o dia a dia da administração está em suas mãos. 

Para manter a reputação da sua marca no mercado, o franqueador precisa estabelecer padrões e normas para a rede. A qualidade da entrega do produto ou serviço ao consumidor final depende muito da padronização, o que acaba gerando algumas limitações ao franqueado. Mas isso também traz vantagens. Os processos testados e aprovados pela franqueadora têm como principal objetivo garantir melhores resultados para o franqueado.

Uma franquia é garantia de retorno: muitos franqueados investem o seu dinheiro com a certeza que terão um alto retorno - e, não raro, acham que ele será basicamente imediato. De fato, as franquias têm grande chance de trazer o retorno de capital investido, pois são baseadas em modelos que já deram certo. Isso não significa, contudo, que elas estejam imunes às falhas de gestão de qualquer negócio, como má administração, falta de controle das despesas ou até mesmo fatores imprevisíveis de mercado.

É uma questão de gestão de expectativa. O empreendedor precisa ter a consciência de que os lucros virão com o tempo e não de uma hora pra outra e de que dependem do seu desempenho à frente do negócio. 


Preciso de muito dinheiro para investir em uma franquia: uma boa quantidade de capital é um bom ponto de partida para um investimento de sucesso. Quando se fala em franquias, há projetos para todos os gostos e bolsos. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), para abrir uma franquia em casa (no modelo home based) é necessário um investimento a partir de 10 mil reais. Entre as opções de franquias neste modelo estão as de serviços de limpeza, jardinagem, lavagem, manutenção, entre outras.

O franqueador não se importa com o franqueado: esse argumento volta e meia surge: o franqueador só quer ganhar dinheiro vendendo as franquias e não está nem aí para o sucesso do franqueado. Isso pode ser verdade em casos isolados, mas franqueadores sérios estão preocupados - e muito - com o desempenho de cada franquia e o que isso significará para a sustentabilidade da rede e para a credibilidade da marca como um todo.

O bom franqueador dará suporte ao franqueado do início ao fim do processo, desde a escolha do ponto até a capacitação dos funcionários. Além disso, o franqueador também é responsável por criar campanhas de marketing para aumentar o interesse dos clientes na franquia. No fundo, franqueado e franqueador dependem um do outro para terem sucesso. Por isso, você deve tomar muito cuidado ao escolher esse parceiro.

*Administrador de empresas especializado em franquias e varejo. Sócio-fundador da GoAkira Consultoria Empresarial.

SITE: www.goakira.com.br
 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Opinião

"Fazer novela é tipo uma maratona. Você pula, começa a correr e só acaba quando termina. É muito cansativo. Ela sendo menor, gasta menos energia. Estou super de acordo. (...) Para mim, o primordial é o tempo de maturação, o tempo em que o público vai digerir aquilo. Se quem está em casa vai gostar da novela."

Ricardo Tozzi, ator. 

Opinião

"A fotografia é um meio de você fugir das palavras e mostrar o belo ao vivo. Fotografia é uma mensagem de Deus, prova da existência de Deus. (…) Eu só sei fazer fotografia, e é o que eu faço. Todas as pautas me inspiram vontade e satisfação de fazer, tentando encontrar o lado melhor para com os que eu retrato."

Gervásio Baptista, fotógrafo.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

José Dirceu e o dedo da lei

por João Eichbaum*

Ao invés de levantar o dedo médio, como faz o pessoal que xinga no trânsito, o José Dirceu preferiu erguer o braço com o punho cerrado, momentos antes de entrar na cadeia para onde o havia mandado o Joaquim Benedito Barbosa.

Não fez o gesto por primeiro mencionado, porque corria o risco de generalizar, mandando a todos - os desocupados que o aplaudiam, os que só queriam ver a cara dele e a imprensa - enfiarem o ressaltado dedo exatamente naquele lugar que vocês estão pensando. Ah, sim, e corria o risco de lhes parecer deslumbrado com o que poderiam fazer lá dentro aqueles presos mal encarados, sujos e malvados, estremecidos pelos suspiros sísmicos de quem nunca recebeu visita íntima. E outra: isso é um acontecimento comum. Todo mundo está sujeito a ter o dedo médio cientificamente introduzido no vale das nádegas ou em outra reentrância menos insolente. Para isso existem proctologistas, urologistas e ginecologistas.
 

E tem mais, o punho cerrado, erguido no ar significa indignação, revolta, luta, excitação. E dói mais do que um só dedo em riste, ainda que seja o maior de todos, se for usado para aquela finalidade, de que não tratam os livros de medicina. O Barbosa, enfim, que entendesse o que bem quisesse.

Agora vem o segundo capítulo. Beneficiado com os votos do Roberto Barroso e do Teori Zavaski, que desmantelaram a quadrilha, o Zé Dirceu ganhou regime prisional semiaberto. E logo arrumou emprego num hotel, onde iria ganhar uma grana de fazer inveja a quem trabalha de verdade. Mas, era um emprego bichado por falcatruas do falso dono do hotel e foi pro brejo.

Surgiu nas últimas semanas outro emprego, num escritório de advocacia. Dessa vez foi negado porque a oferta de emprego tinha sido uma “complacência de amigos” e porque José Dirceu tinha que completar um sexto da pena, antes de pegar no pesado fora da cadeia.

Aí estourou uma espécie de escândalo jurídico. Togados de todas as partes e de todos os credos debitaram a Joaquim Barbosa a quebra da jurisprudência dominante, segundo a qual, o condenado a regime semiaberto não necessita daquele requisito, para fazer jus a trabalho externo.

Até o advogado que prometera o emprego veio a público, posando de gente finíssima, que equilibra a vida com compensações. Disse que prestara serviços para o Barbosa, sem lhe cobrar honorários. Queria, de certo, aquela generosidade cristã do "é dando que se recebe".

Para quem não sabe: o regime semiaberto é aquele cumprido em colônia penal, agrícola ou industrial, ou estabelecimento similar. Mas a jurisprudência benevolente, mãe dos bandidos, permite a substituição da colônia pelo trabalho externo. Aí, livres, eles retomam a violência, cumprindo ordens emanadas dos presídios. Quer dizer, condenada a um regime sem segurança é a sociedade.

O ministro Joaquim Barbosa apenas endireitou o pensamento torto dos juízos anteriores: ao invés do braço ou do dedo médio, usou o artigo 112 da Lei das Execuções Penais, sem o lubrificante da jurisprudência.
*Advogado.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Opinião

"Eu não tinha perspectiva de ser astronauta, mas tinha o sonho e sempre falo isso nas minhas palestras: nunca feche a porta do seu sonho. (...) Dá para chorar no espaço? Dá, sim, eu te falo com toda certeza. A lágrima fica grudada no rosto e, se você puser a mão, sai flutuando no ar. (...) Vejo todas as dificuldades e desafios que enfrentei como essenciais para construir o que sou hoje. Não guardo emoções ruins, como raiva ou remorso. Na verdade, agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de encontrá-los na vida e força para superá-los." 

Marcos Pontes, astronauta, engenheiro aeronáutico, mestre em engenharia de sistemas, palestrante, professor universitário, coach e militar da reserva.

Os prós e contras de montar uma franquia em casa

por Nadia Korosue*

Quem nunca se pegou pensando nas vantagens de montar um negócio e ser seu próprio chefe? Um bom começo pode ser montar uma franquia em casa, já que o modelo não exige muito capital inicial e permite que o empreendedor consiga trabalhar sozinho e ter maior autonomia profissional. 

As opções são inúmeras: franquias de serviços de limpeza, jardinagem, manutenção predial, lavagem de automóveis, reforço escolar, corretora de seguros, venda de salgadinhos para festas, entre muitas outras. É possível abrir seu negócio em casa com investimentos a partir de 10 mil reais. 

Segundo informações da Associação Brasileira de Franchising (ABF), as franquias em casa, conhecidas como "home based", faturaram 115 bilhões de reais em 2013 no Brasil - um avanço de 12% ante ao ano anterior. Vale lembrar que esse crescimento foi registrado em um ano em que o PIB brasileiro avançou cerca de 2,3%.
 

Para os franqueados "home based", o faturamento mensal fica entre oito mil e 80 mil reais, variando, evidentemente, conforme o serviço executado e o investimento inicial. Estimativas colocam o lucro líquido entre 20% a 50% da receita bruta, o que faz o prazo para retorno do investimento ser, em média, de até 18 meses. Com tudo isso em mente, confira os pontos positivos e os negativos de apostar numa franquia no conforto do seu lar. 

Os prós 

- O franqueado tem custos fixos menores e maior flexibilidade com os horários, já que não precisa alugar um ponto nem funcionar em horário comercial. Afinal, você vai trabalhar de casa! 

- A margem de lucro também é mais alta em comparação com a de uma franquia tradicional, já que o franqueado não tem custos fixos tradicionais, como aluguel, funcionários e infraestrutura. 

- Computador, conexão com internet banda larga, impressora e um telefone comercial são suficientes para dar início à empresa e podem ser compartilhados com os serviços para a casa. 

- A oportunidade de trabalhar em casa também permite economizar tempo e evitar aborrecimentos com o trânsito, já que os franqueados não precisam se deslocar fisicamente até seu trabalho. Segundo pesquisa do Ibope, o paulistano perde cerca de três horas por dia em trânsito. O que significa, na prática, mais três horas para trabalhar se o empreendedor está na capital paulista.

- O franqueado recebe todo o apoio e conhecimento de mercado do franqueador, além de instruções sobre como vender e entregar o produto ou serviço. Ou seja, os riscos diminuem de forma significativa, já que o franqueador oferece a receita para o sucesso do negócio. 

Os contras

- É preciso saber separar a rotina do lar da rotina do escritório. O franqueado precisa definir seus horários de trabalho e ter certeza de que o dia a dia familiar não irá prejudicar seu trabalho. Uma porta dividindo o local de trabalho com o resto da casa é aconselhável.  

- Por contar com uma maior flexibilidade de horários, o franqueado também pode se sentir mais acomodado, o que pode prejudicar o negócio. Geralmente, o franqueado acredita que, por ter uma empresa, irá trabalhar menos, quando na verdade, pode precisar trabalhar mais. 

- O franqueado é responsável, muitas vezes, pela execução de todas as tarefas do dia a dia, além da gestão estratégica dos negócios e da prospecção de novos clientes. Por isso, é importantíssimo que o empreendedor seja organizado e disciplinado. 

- É necessário que o franqueado tenha conhecimento básico de gestão e negócios. Quem não possui esse background deve buscar capacitação.

Vale lembrar ainda que, por ser um franqueado, o empreendedor tem menor liberdade de atuação, já que tem que seguir o padrão do franqueador. Em contrapartida, é menos arriscado que abrir um novo negócio.

Agora que você já sabe sobre prós e contras na hora de montar uma franquia em casa, é hora de escolher a sua! Fale com a FranquiaZ (
www.franquiaz.com.br) e procure um de nossos especialistas. 

*Administradora de empresas, especialista em projetos e sócia da GOAKIRA Consultoria.

SITE: 
www.goakira.com.br

Opinião

"No meu modelo teórico, a concentração do patrimônio vai parar, mas em nível muito elevado. Até onde vai? Nos últimos 30 anos, os patrimônios mais elevados cresceram três vezes mais rápido que o tamanho da economia mundial. É uma enorme concentração de capital. E pode chegar a um nível tão mais elevado, comparado a hoje, que será ameaçador para o funcionamento das instituições democráticas."

Thomas Piketty, economista e autor de "O Capital no Século XXI".

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Opinião

"Muitas pessoas simplesmente não sabem o que fazer da vida. Algumas fazem cursos excelentes, mas, ao pegar o diploma, não tem ideia do que fazer com ele, e logo a vida volta a ser como era antes. Falta motivação e tomada de decisão - e ninguém pode fazer isso por você. (...) A chave do sucesso está em você, em como você encontra força para manter-se motivado e lidar com situações que podem acabar com sua paciência e equilíbrio. Uma das atitudes que eu sempre digo para as pessoas fazerem é condicionar a própria mente, ou seja, concentrar-se nos pensamentos positivos e evitar os negativos. Esse pequeno ato já pode transformar o dia."
 
João Alexandre Borba, psicólogo e coach.

Opinião

"As palavras estão ali, cobertas de poeiras, esquecidas, marginalizadas. É preciso limpar o pó, estar aberto à sua beleza e à força da sua sugestão. (...) Não existe escritor que a própria escrita tenha dado esse sentido de conforto por via da consagração. O escritor é sempre posto à prova perante si mesmo, por mais que sejam os prêmios que tenha alcançado."

Mia Couto, escritor.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Opinion

"The story line has been repeated time after time: the Internet is killing mainstream media, sending the Fourth Estate into record-breaking revenue declines. Online ads garner only a fraction of the dropping print revenue. When faced with cuts, investigative reporting is often the first target. (...) Investigative journalism takes more time and more experienced journalists to produce, and it often involves legal battles. It is generally the most expensive work the news media undertakes." 

Laura Frank, investigative reporter.

Opinion

"On every level there is less information, less government being covered, from the community to the state to the region. And part of what is happening is the investigative reporting is something that is being shoved aside in newsrooms that really have to feed the beast. I think the negative impact on all of us is drastic."

Robert Rosenthal, executive director of the Center for Investigative Reporting.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O dilema das telecomunicações para a Copa do Mundo

por Dane Avanzi*

Que a falta de infraestrutura no Brasil é crônica e pode ser percebida em todas as atividades do setor público, isso não é novidade para ninguém. Somos carentes de estradas, portos, aeroportos, escolas, saneamento básicos e tantas outras obras essenciais ao funcionamento da economia e da sociedade, em geral em níveis mínimos de eficiência. Dentre todas essas carências, a da infraestrutura de telecomunicações está vindo à tona por conta da Copa do Mundo.

Correndo contra o tempo, indústria, operadoras e governo lutam para implantar a infraestrutura necessária à transmissão dos eventos esportivos que se aproximam. Verdade seja dita, o cabeamento de fibra ótica no Brasil, cabos de alta capacidade necessários para a transmissão de conteúdos em HD (High Definition) ou alta definição, há muitos anos acumula um déficit de instalação, cabendo a implantação dessa rede em grande parte à Telebrás, reativada pelo governo Lula com a missão de aprimorar o acesso às telecomunicações de norte a sul do Brasil.

Parafraseando Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa, organizadora da Copa do Mundo, "sem telecomunicações não há Copa". E não é exagero. Todos os jogos são transmitidos ao vivo para os quatro cantos do mundo e a infraestrutura de telecomunicações para que isso ocorra sem falhas deve ser no mínimo perfeita. Afora a transmissão em si, todos os torcedores que vierem aos estádios com seus smartphones, compartilharão os principais momentos dos jogos enviando fotos e vídeos aos amigos, também espalhados por todos os cantos do planeta. Eis aqui outro gargalo enorme, haja vista as constantes falhas e apagões registrados por operadoras de telefonia móvel em condições normais.
 

Nesse contexto, com exceções de alguns aparelhos de determinados países da Europa que possuem a mesma banda de frequência que a adotada para o 4G brasileiro, poucos acessarão nossa rede 4G, fato que tornará a 3G ainda mais congestionada. A solução tanto para os torcedores que possuem o aparelho 4G (padrão americano), como para aqueles que não possuem, será comprar um aparelho brasileiro.

Com o objetivo de incentivar a iniciativa privada por meio das operadoras de telecomunicações em geral para investir em infraestrutura, o Governo Federal criou no ano passado o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga. Com esse programa, empresas concessionárias do setor de telecomunicações poderão escrever projetos e submetê-los a aprovação do Ministério das Comunicações. Os projetos aprovados terão isenção de IPI, Pis, Cofins, para a aquisição de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos.

Outra isenção estudada pelo Governo Federal seria a do Fistel, Fundo Universal de Telecomunicações, que arrecada das grandes operadoras a impressionante cifra de 5 bilhões de reais por ano. Tal isenção precisa ser ratificada pelo Ministério da Fazenda que em tempos de "vacas magras" tem sido conservador com relação a esse tipo de renúncia fiscal. Com todos esses incentivos, esperamos que o legado deixado pela Copa do Mundo no que tange as telecomunicações, sirva para impulsionar o cenário de infraestrutura do setor. Digo impulsionar porque a grande deficiência não está somente nas capitais, que sediarão os jogos, mas, sobretudo, nas regiões centro-oeste, norte e nordeste, ora em desenvolvimento. Segundo estudos do governo federal, para mudar de fato a realidade brasileira seria necessário o investimento de 120 bilhões de reais. Realidade um tanto distante.

*Advogado, empresário do setor de engenharia civil, elétrica e de telecomunicações. É diretor superintendente do Instituto Avanzi, ONG de defesa dos direitos do consumidor de telecomunicações e vice-presidente da Aerbras - Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil.

Princípios do Comércio Justo e Solidário

- Fortalecimento da democracia

- Garantia de condições justas

- Apoio ao desenvolvimento local

- Respeito ao meio ambiente

- Respeito a diversidade

- Garantia de informação ao consumidor

- Estímulo à integração de todos os elos da cadeia produtiva

Fonte: Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário

Opinião

"Não existe, ainda, um projeto real para potencializar as oportunidades do povo brasileiro e valorizar os seus talentos. A parte artística é deixada aquém. (...) O nosso país tem uma consciência muito colonizada. Se o artista faz um trabalho diferenciado, com uma raiz de linguagem brasileira, as pessoas torcem o nariz."

Margareth Menezes, cantora.

Hospitalidade luminosa

por Edgar Werblowsky*

O que é luxo hoje em dia ?

Será que continua a ser as marcas de valor, a ostentação?

Ou será que nossa sociedade, com todo a evolução tecnológica, inimaginável pelas gerações que nos antecederam, e apesar dela, se encontra mergulhada num vazio existencial, que este suposto nirvana tecnológico não conseguiu mitigar?

Falemos agora do que o Brasil representa no mundo. A par de vários estereótipos, velhos e surrados, algo aparece de muito forte: nossa gente, nossa alegria, nosso jeito de abraçar. Sim, de abraçar, como acabou de me dizer uma parceira italiana, do segmento de turismo. Imaginem se na Europa, quando se vem para uma reunião, ou um encontro, as pessoas se abraçam? De forma nenhuma, disse ela...

Abraçar, receber bem... são marcas brasileira... que os estrangeiros valorizam tanto, talvez por que não as tenham tanto em suas terras...

Viajar pelo interior desse imenso Brasil, chegando a casas em meio ao cerrado, com gente sentada na soleira da porta, e que te chama para oferecer um café simples ao fogão à lenha? Que preço tem isso?

Isto é o que o turista estrangeiro mais quer... o calor do fogão à lenha e o calor do caboclo, do anfitrião, da nossa gente...
 
Recanto Pedra Grande, em Formosa, Goiás. Hospitalidade luminosa de primeira...
(Foto: Jayme Vasconcellos / Criatividade para todos)
Se juntarmos esse calor inato ao povo brasileiro, com pitadas de abraços que fazem parte de nossos eus, acrescentarmos um gostar de gente, de pessoas, adicionarmos o fermento do planejamento, da comunicação, e assar tudo no forno da qualidade, para depois recobri-lo com um creme de detalhes, teremos a receita de uma hospitalidade única. Simples e ao mesmo tempo tão especial e complexa, devido à sua absoluta simplicidade. A esta hospitalidade chamaremos de hospitalidade luminosa.

As grandes marcas mundiais da indústria do turismo que gastam milhões em propriedades, castelos, spas, veículos e um sem fim de equipamentos estão percebendo que o que ganha para sempre o cliente é algo intangível, que não pode ser medido ou comprado, chamada, internacionalmente de personal touch, ou seja, o toque pessoal.

E para que este personal touch seja verdadeiro, e verdadeiramente percebido pelo cliente como valor, ele tem que ser transmitido por pessoas que gostem de pessoas, para as quais não é nenhum esforço agradar.

Ou seja, aí vai o recado: quer fazer a diferença no mundo da hospitalidade e do turismo, de uma maneira sustentável e duradoura: goste de gente... e contrate gente que goste de gente... como primeiro critério de seleção... Aí sim seu empreendimento só prosperará. E viva a hospitalidade luminosa.

*Fundador e diretor da Freeway e da Immaginare.

SITES: www.freewayviagens.tur.br e www.immaginare.tur.br

sexta-feira, 9 de maio de 2014


Opinião

"Me expresso por meio da moda, mas não faço parte dela. Tudo, infelizmente, está caminhando para uma superficialidade assustadora. Os fashionistas pensam que são vanguardistas, mas descobri que, no fundo, são as pessoas mais preconceituosas e avessas a transformações. (...) Até porque tudo se resume a vendas. Arte tem mais a ver com emoção. Ninguém é artista nesse meio."

Riccardo Tisci, estilista.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Opinião

"Meu olhar para o cinema é antropológico. Na prática, isso significa que, em vez de projetar meus valores nas histórias, procuro entender o valor que as coisas têm na visão do grupo retratado. Isso significa a possibilidade de construir personagens mais consistentes, com alteridade."

Luiz Bolognesi, cineasta e jornalista.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Copa do Mundo: o que os turistas vão encontrar por aqui?

por Marcos Morita*

Creio que não seja novidade a nenhum brasileiro a situação das obras para a Copa que se aproxima. Para dizer a verdade, já esperava que isso acontecesse logo que fomos escolhidos como sede do torneio. Os jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, e as obras do PAC só para citar alguns exemplos, já davam sinais do que estava por vir. Adicione agora os mesmos grupos no executivo e no legislativo, presentes em ambas as situações. Pronto. Nem mesmo os vermelhos mais otimistas acreditariam que algo sairia diferente.

O que eu não esperava é a situação de "Casa da Mãe Joana" que se tornou nosso país nos últimos meses, cujos desdobramentos poderão afetar nossa imagem no exterior, a qual, diga-se de passagem, já não é das melhores. Por sorte ou azar do destino, China, África do Sul e Rússia, países com problemas semelhantes aos nossos, sediaram grandes eventos esportivos num passado recente. Pelo que pude acompanhar pelo noticiário televisivo, temos grandes chances de superá-los negativamente.

Enfim, faltando pouco mais de um mês para o começo do torneio, acredito que grande parte dos turistas já estejam arrumando as malas, com sua torcida e expectativas sobre o que encontrarão no país que tem como símbolos nacionais: Carnaval, Carmem Miranda, Pelé e a Floresta Amazônica. Para elucidar a história criemos três personagens fictícios: Toshio, Fritz e Joaquim, cujas nacionalidades estão na cara, ou melhor, no nome. Todos pisando em solo tupiniquim pela primeira vez.

Quem já foi ao Japão sabe o quão cansativo é viajar por mais de um dia em classe econômica. A empolgação inicial transforma-se em cansaço puro, assim como não se sabe mais se é dia ou se é noite. Por azar, Toshio chegou em uma segunda-feira em Guarulhos, dia de maior movimento em nossos saturados aeroportos. Esperou cerca de 40 minutos na pista até que encontrasse um slot livre. Pouco entendeu a imensa fila da imigração, a balbúrdia e a demora para pegar suas bagagens.

Enfim a luz do dia, após duas horas de martírio. "Logo chego ao hotel", pensou o ingênuo turista já dentro do táxi. Mal sabia que naquele dia moradores da Zona Norte tinham bloqueado uma das vias de acesso a São Paulo em protesto contra a Copa do Mundo, provocando centenas de quilômetros de congestionamento. Três horas depois, cansado, moído e faminto, Toshio chega a seu hotel louco por um bom banho para tirar o cansaço da viagem. Entra em seu quarto e surpresa! Devido ao racionamento na cidade de São Paulo, água só no final da tarde.

Já Joaquim teve uma vida um pouco mais fácil, pelo menos no início de sua jornada. Devido à similaridade da língua, convenceu o motorista a seguir caminhos alternativos, assim como tomou um bom banho na academia ao lado do hotel depois de molhar a mão do recepcionista. Alugou um carro e dirigiu-se para Campinas, cidade a 100 quilômetros da capital na qual sua amada seleção se concentrava. Passados alguns dias começou a sentir febre alta e fortes dores no corpo, dirigindo-se a um posto de saúde local. Bingo. Juntou-se as mais de 17 mil pessoas que contraíram dengue na cidade.

Brasília será mais uma cidade-sede da Copa de 2014 que irá testar a capacidade de "sobrevivência" dos
 turistas. Na foto, o estádio, que custou mais de um bilhão de reais. (Foto: Jayme Vasconcellos / Criatividade para todos) 

Fritz já tinha se esquecido dos perrengues vividos em São Paulo após alguns dias em solo baiano, local de concentração da seleção alemã, curtindo o jeito soteropolitano de ser. Sua tranquilidade foi interrompida em sua visita ao Pelourinho, onde teve furtado seu dinheiro e documentos, conhecendo ao vivo as mazelas de nossas delegacias. Para um povo que tem na pontualidade e na rigidez de princípios seus principais pilares, foi um terrível choque de realidade passar uma tarde inteira em um distrito policial.

A história do assustado Fritz e do debilitado Joaquim se cruzam em Salvador no dia 16 de junho, uma das grandes partidas da primeira fase. Escaldados pelo trânsito paulistano decidem sair bem cedo de seus hotéis a caminho da Fonte Nova, porém se espantam com a calmaria no trânsito baiano. Informado pelo motorista que se trata de feriado local, o alemão, executivo de alto escalão em seu país, fez as contas de quanto dinheiro será perdido considerando que cada cidade terá seus jogos e feriados. Sorte de ambos que o jogo ocorreu em plena luz do dia, sem riscos de apagões durante a partida.

Mais sorte teve Toshio, que quase sem percalços na segunda fase de sua viagem conheceu jacarés e tuiuiús no Pantanal, dançou frevo, comeu bode e provou bolo de rolo em Recife, andou de dromedário, pegou praia e passeou pelas dunas em Natal, enquanto via sua valente equipe avançar para a segunda fase.

Enfim, juntar-se-ão ao trio, mexicanos, argentinos, coreanos, italianos, franceses, colombianos, ingleses, espanhóis, holandeses, chilenos, australianos, argelinos, uruguaios, belgas, nigerianos, suíços e mais uma dezena de nacionalidades, os quais terão grandes chances de viver dias de Fritz ou Joaquim em maior ou menor escala. Como infelizmente já sabemos qual será o legado da Copa para os brasileiros, o jeito é torcer para que nossos visitantes tenham uma vida mais fácil, assim como o Toshio. Caso contrário, corremos um sério risco de adicionar mais um título ao nosso país: não o de hexa, mas o do improviso e da gambiarra.

*Mestre em Administração de Empresas, professor da Universidade Mackenzie e professor tutor da FGV-RJ. Especialista em estratégias empresariais, é colunista, palestrante e consultor de negócios.

SITE: www.marcosmorita.com.br

CONTATO: professor@marcosmorita.com.br 
 

A mãe empreendedora

por Orlando Oda*

Dona Tieko nasceu no Japão e veio ao Brasil aos 8 anos de idade. Mal sabia que todos os seus sonhos de estudar e ter uma profissão tinham ficado por lá. Como quase todo imigrante, foi morar no interior do estado de São Paulo, na roça. Longe da civilização, sem conhecer a língua, não havia como estudar.

Assim, tudo que sabia vinha dos dois anos de estudo no primário do Japão: hiraganas, katakanas e operações aritméticas. Para aprender mais foi necessário aprender sozinha alguns Kanjis. Isto lhe possibilitou ler revistas e jornais em japonês. Sem TV e rádio, só algumas revistas velhas eram fontes para adquirir mais conhecimentos.

Aprendeu a cozinhar vendo a mãe. Mais tarde, aprendeu também a costurar a roupa vendo as tias costurarem. Nesta altura da vida já havia concluído que todos os sonhos de criança tinham ficado lá, quando saiu do Japão. Deve ter questionado o por quê de ter que viver desta forma sem esperança de qualquer realização pessoal.

Casada e já com filhos, veio morar em São Paulo. As únicas habilidades que possuía eram cozinhar e costurar. Não sabia falar português. O círculo de amizade era muito pequeno, restrito a algumas senhoras japonesas. Tinha que ter uma fonte de renda. As duas únicas possibilidades eram cozinhar ou costurar.

Optou por costurar, por uma razão lógica. Podia trabalhar sem sair de casa. Podia cumprir as funções de mãe, cuidar da casa, cozinha, lavar roupa, cuidar do marido e dos filhos. Embora o trabalho significasse dinheiro, era também a forma de se sentir útil, ajudando no orçamento familiar.

Tinha que cumprir cotas e prazos. Assim, a jornada de trabalho se estendia até altas horas da noite, muitas vezes avançando a madrugada. E a jornada do dia seguinte começava às cinco horas da manhã. Praticamente não tinha finais de semana livres porque na segunda-feira era o dia da entrega das roupas produzidas.

Percebeu que tinha uma oportunidade de ter um negócio próprio e ter mais renda. Em vez de costurar roupas para uma fábrica, ela podia costurar, fabricar e vender as roupas. Tinha muita criatividade, habilidade e força de vontade. Desta forma trabalhar não era problema.

Dotada de uma extraordinária percepção viu que ter um negócio próprio exigia novos conhecimentos e habilidades. Veja: a) especializar-se em um determinado tipo de roupa: masculina ou feminina; b) comprar tecido e aviamentos; c) costurar vários modelos e tamanhos; d) buscar os compradores; e) contratar pessoas f) administrar o negócio: pessoal, pagamentos, recebimentos, caixa e bancos.

Para viabilizar o seu sonho de negócio teria que adquirir novos conhecimentos. Em primeiro lugar, foi aprender português, ter mais contatos, comunicar com clientes, fornecedores, funcionários, ler revistas de moda, entender os noticiários econômicos. Em segundo lugar, aprendeu a gerenciar pessoas, administrar o dinheiro e planejar, sempre visualizando o futuro.

Num caderninho montou o que o pessoal chama hoje de "business plan". Relacionou as tarefas, as habilidades necessárias, dimensionou máquinas, tempo, dinheiro. Viu que empreender exigia muito mais do que a habilidade de costurar. Exigia muito mais tempo do que apenas para costurar e, além disso, necessitava de tempo para ser mãe.

Optou com sabedoria: ser mãe. A solução sábia: "Filho estuda, você precisa estudar, formar, falar e comunicar corretamente para vencer na vida. Você precisa ser mais do que engenheiro". Isto porque eu dizia que queria ser um construtor. Sem mesmo empreender, sabia que não bastava só saber produzir. Mãe, muito obrigado por mais essa lição.

*Administrador de empresas e presidente do Grupo AfixCode.

SITE: www.afixcode.com.br

Opinião

"A primeira gestão é algo que geralmente mexe com as pessoas e faz com que elas se motivem. E essa empolgação em demasia pode ser um problema. (…) Mudar muita coisa logo de cara, principalmente em empresas que tenham uma cultura mais enraizada, pode não ser visto com bons olhos. Imagine uma organização na qual as coisas são feitas há 10 ou 20 anos do mesmo jeito e você chega impondo um modo de ser. Por mais que você esteja correto, passar por cima desta cultura seria um perigo. (…) Só é preciso controlar a empolgação para realmente fazer as coisas no tempo correto. No começo, o envolver as pessoas deve ser a primeira grande preocupação do gestor."

Alexandre Prates, coach e especialista em desenvolvimento humano.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Inteligência emocional: a reafirmação de valores no ambiente de trabalho

por Jaqueline Corrêa*

Você conhece ou utiliza a sua inteligência emocional? Aliás, o que é inteligência emocional? Quando buscamos informações sobre esse assunto, acabamos nos deparando com artigos escritos por profissionais de recursos humanos ou recrutamento e seleção, mas é muito importante sabermos que a inteligência emocional não é analisada somente nas avaliações de desempenho ou nas entrevistas de emprego. Muito pelo contrário, essas situações são somente a porta de entrada para que o outro possa conhecer a nossa personalidade. A partir daí, é nosso trabalho nos conhecermos e desenvolvermos a nossa inteligência emocional.

As entrevistas pelas quais passamos, ultimamente, estão mais interessadas em nos conhecer como seres humanos do que como colaboradores, o que faz muito sentido, pois nossas qualificações e experiências podem ser descritas em um currículo ou medidas por provas e avaliações, enquanto nosso comportamento... Bem, esse só pode ser conhecido por conversas e observações.

Antigamente, acreditava-se que uma pessoa de raciocínio lógico matemático era inteligente, enquanto outra, que tivesse mais dificuldade, possuía uma baixa inteligência. Com o passar do tempo, alguns estudos e muita observação, percebeu-se que aquelas pessoas que sentavam-se na frente da sala de aula e não conversavam com ninguém para poderem prestar atenção somente na matéria, acabavam não conseguindo se relacionar com sucesso, tanto em sua vida pessoal quanto na vida profissional.
 

No livro Inteligência Emocional, o autor Daniel Goleman retoma essa discussão a respeito da inteligência e destaca a importância de outra inteligência que não podia ser medida por tempo de respostas, lógica ou cálculos, mas sim por meio do comportamento e da forma de se relacionar com outras pessoas. Agora, a inteligência emocional passou a ser valorizada.

A inteligência emocional é a capacidade de conhecer o ambiente em que você trabalha ou convive, os indivíduos que estão nesse ambiente e, principalmente, nós mesmos. Isso porque se não formos capazes de conhecermos as nossas dificuldades, nossos traumas e nossos vícios, será impossível criar uma ponte no relacionamento entre o eu e o outro. É preciso que os dois lados sejam identificados para saber de que maneira essa ponte deverá ser construída.

Precisamos estar dispostos a conhecer e compreender o comportamento de todos, pois o comportamento muda de pessoa para pessoa. Alguns são mais extrovertidos, outros nem tanto, mas não é isso que definirá se seremos bons profissionais. Uma pessoa aparentemente tímida pode ter muito sucesso se ela souber como e quando se impor. E é aí que entra a inteligência emocional, em observar, avaliar e saber como se comportar em diferentes situações. 

Um exemplo muito comum no Brasil pode ser observado no jeito como o brasileiro acredita que falar difícil é ser inteligente. Porém, não é nada inteligente fazer um discurso rebuscado para um grupo de adolescentes em uma comunidade carente. Inteligente seria comunicar-se de acordo com o que o grupo está acostumado e de maneira assertiva. Já está na hora de mudarmos o discurso para "sou responsável pelo que eu falo e também pelo que você entende". Por isso precisamos conhecer e estudar as pessoas com quem vamos nos comunicar. Sem saber o que vamos encontrar, estamos fadados à surpresa e ao insucesso. 

Essa habilidade de distinguir as características de cada um não é necessariamente inerente a todos nós. Muito da nossa inteligência emocional é definido na nossa criação e nos ambientes em que nós nos desenvolvemos. Se uma criança cresce em um ambiente em que não há diálogo e a comunicação é feita aos berros, dificilmente ela irá parar para compreender o outro e prestar atenção em seu ponto de vista. Possivelmente, suas conversas e tomadas de decisões serão feitas na base dos berros também. Mas isso não significa que ela não possa desenvolver essa habilidade. Nós aprendemos teorias, conteúdos, práticas, técnicas e também aprendemos a aprender. Por que não estudar, desenvolver e adquirir habilidades comportamentais?

Algumas empresas desenvolvem treinamentos internos justamente para desenvolver essas habilidades comportamentais, principalmente em cargos de liderança, pois em muitas vezes essa é a base para transformar um chefe - que somente possui um cargo superior e dita regras e prazos - em um líder - que motiva e inspira os demais colaboradores. Um líder que conhece a si mesmo e aos seus colaboradores é capaz de inspirar o que ele busca em si mesmo, fazendo com que ambos trabalhem em equilíbrio no desenvolvimento de seus valores.

A SOU Educação Corporativa, empresa de serviços voltada ao desenvolvimento de pessoas, proporciona uma reunião com toda a empresa onde a cada mês é reforçado um de seus valores: o REQIS - sigla que representa as iniciais de cada valor e, carinhosamente, o apelido do mascote - que reafirma os valores que a empresa preza e busca desenvolver em cada funcionário. Valores necessários para que cada um fosse aceito entre o grupo de colaboradores.

Esses valores são: Responsabilidade, Excelência no atendimento, Qualidade, Inovação e Simplicidade. A SOU trabalha as competências que exemplificam as características fundamentais na personalidade e no comportamento de cada um. Sabendo que cada parte de sua empresa pensa da mesma maneira, ela garante o desenvolvimento da inteligência emocional de seus funcionários, o que contribui para a melhoria do clima organizacional. Com isso, todos sentem que são uma parte fundamental de um todo e não somente mais um número contratado.

Para que a inteligência emocional trabalhe a favor da empresa e dos colaboradores, é importante que todos estejam olhando na mesma direção. Isso não significa que a meta da empresa deva ser a meta do indivíduo, mas sim que os seus valores sejam compartilhados, pois uma vez que ele possui os mesmos valores que a organização, o crescimento de ambos se dará de maneira colaborativa.

*Graduada em Letras e designer educacional da SOU Educação Corporativa.

Opinião

"Em TV, está muito sensível a vontade do telespectador em trocar de canal. Então, não podemos ser chatos ou incomodar. Qualquer forma mais agressiva de passar conteúdo pode fazer com que a audiência mude. No nosso canal, temos que atender o fã do esporte, não importa como. (...) Pelas redes sociais, nossos talentos noticiam, opinam e têm liberdade de postar conteúdo em todas as mídias. Nos perfis oficiais, vamos atrás de informações bem apuradas, conteúdo e investimento em profissionais, pois existe alguém por trás da informação e da tecnologia. Investimos na formação dessa pessoa e isso vai se intensificar cada vez mais. (…) Quem abre a cabeça para o digital não volta mais."

João Palomino, diretor de jornalismo dos canais ESPN no Brasil.

Opinião

"O MMA jamais pode ser confundido com briga. Sou atleta e estou preparado para lutar. Ganho para isso, inclusive. Sou um profissional, por isso ninguém me vê brigando na rua. Quero passar essa mensagem às crianças: não briguem na escola nem na rua. Vamos dar mais espaço para o respeito às diferenças do que para a violência. Precisamos ganhar esta luta."
 
Vitor Belfort, lutador de MMA.