quinta-feira, 30 de julho de 2015

Pesquisadores registram presença de animais ameaçados de extinção na região da Lapa, no Paraná

com informações do Instituto Positivo

Cerca de 600 vídeos de vários animais, principalmente mamíferos de médio e grande porte, foram registrados na Reserva Mata do Uru, localizada na Lapa, no Paraná, apenas durante o primeiro semestre deste ano. As pesquisas são realizadas desde 2013 e monitoram animais que vivem no local por meio de verificação de imagens capturadas em "armadilhas fotográficas" instaladas em toda área da reserva. Com cerca de 128 hectares na região da Lapa (PR), a Mata do Uru é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) que, ao lado dos quase 300 hectares do Parque Estadual do Monge, forma uma relevante área preservada de Floresta Araucária.

Puma ou onça-parda, gato-do-mato-pequeno, jaguatirica, gato-mourisco, família de veado-catingueiro, tatu-de-rabo-mole-grande, tatu-galinha, tatu-mulita, cutia, irara, paca, bugio-ruivo, gambá e lebre são alguns dos animais que habitam o local e que foram registrados durante a pesquisa. Aves e pequenos roedores também fazem parte da fauna da Mata do Uru.
 
Foto: Instituto Positivo / Divulgação
Segundo a bióloga Dayane May, pesquisadora e professora do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Positivo, quatro espécies estão na lista de ameaçadas de extinção do Paraná, três na categoria vulnerável: bugio-ruivo, jaguatirica e onça-parda. Já a paca encontra-se na categoria de perigo. Além disso, quatro animais aparecem na lista nacional de espécies ameaçadas na categoria vulnerável: onça-parda, jaguatirica, gato-do-mato-pequeno e bugio-ruivo.

A pesquisadora explica que, das quatro espécies de felinos registradas na Reserva Mata do Uru - onça-parda, jaguatirica, gato-mourisco e gato-do-mato-pequeno -, três são consideradas vulneráveis para o Paraná. "Isso indica o potencial da área em abrigar e permitir a manutenção das populações de indivíduos que demandam áreas de vida amplas e em bom estado de conservação", revela Dayane.

Também foram observados felinos noturnos circulando durante o período diurno e animais de hábito solitário circulando em grupo. "Estas situações são menos comuns de encontrar, no que se pode concluir que a Reserva propicia condições para estes acontecimentos", finaliza.

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