terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Opinião

"O cozinheiro não tem de deixar a cozinha, mas ele não é mais aquele profissional que o empreendedor do restaurante queria trancado na cozinha sem direito a palavra. Não dá para dizer mais que não é uma profissão multifacetada e que não é a profissão mais pop do mundo. (...) A comida conecta 7 bilhões de habitantes no planeta Terra. Nada conecta mais seres humanos no mundo."


Alex Atala, chef.

8 boas razões para divulgar sua empresa na internet

por Felipe Pereira*

Há anos vem aumentando a importância que a internet tem na vida das pessoas. Não é mais novidade que a nossa rotina e hábitos mudaram completamente devido a esse advento tecnológico, porém, nem todos ainda reconhecem o tamanho de sua importância ou conhecem suas funcionalidades por completo – e isso pode resultar em prejuízo, principalmente quando se trata de empresas.

As facilidades que a internet proporciona na hora da divulgação e interatividade, por exemplo, devem ser aproveitadas em seu potencial máximo - e esses são apenas dois pontos a serem destacados na sua utilização. Separei oito motivos que farão você entender o quão importante é estar online:

1. Interatividade: antigamente nos comunicávamos por meio de cartas, depois de um tempo, por meio de e-mails – e hoje, essa comunicação pode ser feita em tempo real. Se você está vendo determinado conteúdo e acha ele relevante – ou não – basta comentar e/ou curtir, entrando em contato com o produtor desse material em tempo real. Ao fazer isso, você expõe a sua opinião de forma pública, e nenhuma empresa quer correr o risco de ter comentários negativos sobre si mesma, então, a tentativa de fazer materiais bem feitos e de responder rapidamente o consumidor é muito maior.

2. Customização: a internet permite customizar a informação de modo específico para quem está consumindo, ou seja, quando você está consumindo conteúdo no Facebook ou fazendo uma pesquisa no Google, aquele conteúdo que aparece para você é o mais personalizado possível. Assim como também é para o seu cliente que está na internet. Um exemplo claro: se você fizer uma busca por restaurantes de comida japonesa no Google, ele provavelmente vai te indicar vários restaurantes da sua localidade sem que você precise colocar o nome da sua cidade. 

3. Custo-benefício: se você fizer uma campanha de divulgação na internet você consegue, com um mesmo orçamento, abranger um número de pessoas bem maior do que usando uma mídia tradicional. Então o custo-benefício da divulgação nas mídias digitais é muito interessante. 

4. Ausência de barreiras geográficas: Se você tem um negócio e vende produtos ou serviços, e se esse seu negócio está na internet, você pode vender produtos para o Brasil e até para o mundo inteiro, sem ficar limitado a uma localidade. 

5. Ausência de barreiras temporais: além de vender seu produto para o mundo todo, sua loja online está aberta 24 horas por dia, 7 dias por semana, ou seja, independente do dia e do horário, as pessoas podem consumir o teu produto ou conteúdo. 

6. Facilidade de mensuração: ao fazer ações na internet, você consegue mensurar exatamente que tipo de retorno cada delas está dando. Se você tem um orçamento de 4 mil reais, investe 1 mil no Google, 1 mil no Facebook, outros 1 mil em um blog e 1 mil em outro blog, consegue saber exatamente quantas visitas cada uma dessas mídias lhe trouxe, quantos desses visitantes se tornaram clientes e quanto cada um desses clientes comprou. 

7. Otimização: a possibilidade de otimização, de correção e de melhoria das campanhas é muito forte. Se você faz campanha em outdoor, em panfleto, folder ou outbus, não tem a possibilidade de mensurar com facilidade qual delas está indo bem e não tem capacidade de otimizar essa campanha. Agora, se você está trabalhando com as mídias digitais, consegue fazer isso com bastante facilidade. Basta ir à ferramenta que esta fazendo certa promoção e trocar o texto ou a imagem, coisa que não dá para ser feita nos veículos offline. 

8. Aproveitamento do impulso de compra: se você tem um negócio ele está sendo divulgado através de um outdoor, por exemplo, o teu cliente ele vai passar naquele outdoor, vai achar tua promoção interessante, mas vai deixar para ir na tua loja no próximo final de semana que é quando ele vai ter tempo. De repente, naquele dia, ele não vai estar mais interessado no teu produto ou ele vai simplesmente não ter tempo, ou mesmo se esquecer. E com isso você vai perder a venda. 

Se você está na internet e teu cliente se interessou por aquele teu produto, ele vai clicar na tua propaganda, entrar no teu site, clicar no botão de comprar e automaticamente, vai colocar o cartão de crédito ou gerar um boleto e pagar. E com isso você não vai perder vendas – pelo menos não com a mesma facilidade que você perde no mundo offline. 

Agora você entende a importância de estar online? 

*Empreendedor, mestre em administração, especialista em projetos digitais, palestrante e criador do Digaí.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Opinião

"Boa parte das desculpas que criamos não é verdade. É perigoso, porque criamos uma zona de conforto. A gente se autoriza a não fazer as coisas. Mas trata-se de uma questão de prioridades. (...) Normalmente, a gente procrastina coisas difíceis. É preciso assumir o desafio e torná-lo fácil, construindo uma opção para isso. Por que não começar logo e encará-lo?" 

Wang Shing, master coach.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Espírito de Natal

por Célio Pezza*

O espírito natalino até que seria muito bom se durasse depois do Natal. O problema é que o Natal é só um dia. Nesse dia, durante uma guerra, é comum acontecer uma trégua de Natal, para recomeçar a matança dias depois. É uma data em que a solidariedade e a fraternidade se transformam em uma obrigação, para depois voltar ao mundo real.

Não gosto do Natal por ser uma festa de escandaloso apelo de mercado, onde o mais importante é dar e receber presentes e promover belos jantares, onde poucos têm demais e muitos nada tem. É uma época de falsas gentilezas. 

É comum ouvirmos as lojas anunciarem as promoções de Natal, e orientarem as pessoas para que façam o maior Natal de suas vidas comprando os brinquedos e guloseimas para a grande ceia natalina. O Natal é uma festa de aniversário estranha, na qual, muitas vezes, o aniversariante não participa e, às vezes, nem é lembrado.

Existe um conto no livro 'Os Irmãos Karamázov', de Dostoievsky, que fala sobe a aparição de Cristo entre os habitantes de Sevilha, na Espanha, em pleno século XVI, durante o período da Inquisição. Ele apareceu sem alarde e muitos o reconheceram de imediato. Uma força curativa emanava de seu contato e os milagres aconteciam à sua volta. De repente, surge um guarda e arrasta Cristo para a prisão por perturbar a ordem. Lá dentro, um inquisidor encara o prisioneiro e pergunta: 'Quem és tu? Por que vieste nos atrapalhar? Não digas nada. Cala-te! Não tens o direito de falar mais nada do que já disseste outrora. Amanhã eu te condenarei e serás queimado'.

O chefe da inquisição faz um discurso onde afirmava que só uma mentira organizada e institucionalizada poderia garantir a ordem e achava absurda a ideia de que cada homem pudesse ser senhor de seu próprio destino. Cristo apenas ouvia. De repente, ele fitou seu inquisidor nos olhos e o abraçou. O inquisidor ficou surpreso, confuso e assustado. Ele abriu a pesada porta, e apontou a saída para o prisioneiro: 'Vai embora! Vai e não volta nunca mais para nos perturbar'.

O prisioneiro não respondeu. Ele saiu da cela e desapareceu na noite escura. Se esse prisioneiro aparecesse em uma noite de Natal em nossa época, talvez a história tivesse o mesmo final, mas, um dia qualquer, poderá ser diferente. Nesse dia, teremos um verdadeiro e duradouro Natal.

*Colunista e escritor.  

SITE: www.facebook.com/celio.pezza

Dicas para ensaiar o discurso e deixá-lo perfeito

1. Defina seu objetivo: o que você quer obter com o seu discurso? Responda esse questionamento de forma concisa e clara, e isso ajudará a descobrir qual seu objetivo. 

2. Escolha um bom título: selecione a palavra, frase ou oração chave para o seu discurso. Opte por algo que desperte curiosidade e seja fácil para identificar o assunto da palestra; quem ler / ouvir o título deve saber sobre o que o discurso se trata e ao mesmo tempo sentir-se com vontade de saber mais sobre o assunto. Uma sugestão é fazer títulos curtos, que unam a ideia central, a ação que você deseja do público e um verbo na primeira pessoa do plural, (vamos, apoiemos, lutemos, etc).

3. Prepare uma introdução: essa é uma fase opcional, pois depende muito do tempo que você terá para apresentar o discurso. Quando dispor de um tempo maior, aproveite para introduzir as ideias de forma rápida e clara, fazendo uma pequena explicação do assunto – que pode servir também para lhe deixar mais seguro e para lembrar de alguns detalhes.

4. Siga uma ordem cronológica – e lógica: organize seu discurso de forma linear. Algumas ideias são começar pelo problema e terminar com a solução (método mais utilizado); comece com a causa e termine com os efeitos; apresente os fatos de maneira contrastante; combine estilos e ordenamento.

5. Conclusão: como você encerrará o seu discurso? Essa é a hora de pedir para o ouvinte refletir sobre o que ele ouviu e/ou motivá-lo a algo, seja para tomar uma atitude ou pensar sobre certo assunto. A conclusão de um discurso é extremamente importante para engajar ainda mais o público – por isso, capriche nela

6. Ensaie: depois de concluído, ensaie o discurso como achar melhor – sempre falando em voz alta, para treinar a dicção, tom e ritmo da fala. Na frente de um espelho, de um amigo/familiar, etc. Uma ideia é fazer "colinhas" com tópicos que possam te ajudar caso haja o temido "branco". Um bom material de apoio também é importante na hora da apresentação. Além disso, use o poder de associação a seu favor, por exemplo, "quando chegar nesse slide devo tocar em tal assunto", associando as falas com algo concreto, e por aí vai. 

FONTE: Michel Soares, coach e especialista em oratória.

Ano novo emprego novo: como fazer um bom currículo?

1. Dados pessoais: nome, telefone (com DDD), endereço, e-mail, etc. Também pode ser interessante colocar a data de nascimento e o estado civil. Números de RG e CPF apenas se a empresa solicitar.

2. Perfil profissional: essa pode ser a parte mais importante do currículo. E o local em que o profissional deve escrever, em torno de 5 linhas, e em terceira pessoa, um resumo de suas experiências, formação, objetivo profissional e possíveis incoerências. Se você for de uma cidade e estiver concorrendo a uma vaga em outra, ou se tiver experiências somente em uma área específica e tiver concorrendo a outra área, explique isso neste espaço. Deixe de lado a pretensão salarial para discutir pessoalmente em entrevistas.

3. Formação acadêmica / escolaridade: se estiver cursando o 2° grau, coloque a escola e o ano em que estiver cursando. Se estiver no ensino superior, foque na graduação, relatando qual o curso, instituição, data de início e fim (ou previsão de fim). Para pós-graduação, mestrado ou doutorado use as mesmas dicas – e deixe claro se o curso já foi concluído ou ainda está em andamento.

4. Experiência profissional: hora de descrever suas experiências anteriores de forma clara e objetiva. Escreva o nome da empresa, o cargo ocupado, as atividades que eram realizadas e o período – data correta de início e fim, não apenas o ano. Tenha em mente que o cargo é importante, mas, mais do que isso, é importante descrever as ações que eram feitas, ressaltando suas responsabilidades e rotina de trabalho. Estágios e experiências curriculares também devem ser colocados nessa parte – principalmente se não existirem outras experiências para serem citadas. Porém, experiências antigas que não possuem relação com a vaga pretendida, não precisam ser descritas.

5. Cursos extracurriculares: cursos de menor duração e de línguas, por exemplo, podem ser descritos nessa área – lembrando-se sempre de escrever qual a instituição em que foram feitos os cursos e a data de realização. Tratando-se de línguas, deixe claro o seu nível (básico – intermediário – avançado). Intercâmbios também podem ser citados nesse tópico.

6. Atividades complementares: conhecimentos em informática, por exemplo, podem ser interessantes para serem descritos nessa área. Além disso, outros conhecimentos e experiências que o profissional julgar relevantes também podem ser descritos de forma breve e clara nesse tópico, como artigos publicados, premiações, trabalhos voluntários, etc.

FONTE: Madalena Feliciano, diretora de projetos da Outliers Careers e presidente do Instituto Profissional de Coaching. 

SITE: www.outlierscareers.com.br

Estresse no trabalho tem nome: Síndrome de Burnout

por Verônica Pacheco*

Com o mercado cada vez mais competitivo, as pessoas passam a trabalhar cada vez mais, estando no seu limite durante dias e até meses seguidos – e isso tudo pode custar um preço caro em curto / médio prazo. Não faz bem trabalhar sempre sob pressão e na sua máxima capacidade durante muito tempo, mas do jeito que as coisas caminham hoje em dia, quem não faz isso, corre maiores riscos de perder o emprego e ser substituído em menos de uma semana. E é por isso que surge uma nova síndrome que acomete os trabalhadores: a Síndrome de Burnout.

Segundo João Alexandre Borba, psicólogo e coach, a principal característica dessa doença é o estado de tensão emocional e estresse crônicos que é criado por causa das condições de trabalho emocionais, físicas e psicológicas desgastantes. "Todos estão sujeitos a sofrerem com o Burnout, mas percebo que os pacientes que mais sofrem com a presença da Síndrome são aqueles que trabalham em profissões que exigem envolvimento interpessoal intenso e direto, como médicos e demais profissionais da área da saúde, policiais e bombeiros, agentes penitenciários, pessoas que enfrentam dupla jornada, jornalistas, advogados, professores e até mesmo voluntários", comenta Borba.

Os principais sintomas apresentados pela síndrome são a sensação de esgotamento físico e emocional – e isso se reflete em todas as áreas da vida por meio de agressividade, isolamento, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima, dificuldade de concentração, mudanças de humor, atitudes negativas, ausências no trabalho, lapsos de memória, etc. "A pessoa não precisa ter todos esses sintomas para que esteja com a síndrome, mas esses são os mais fáceis de serem notados. Além disso, questões envolvendo a saúde física também podem estar relacionados com a doença, como dores de cabeça e enxaquecas, pressão alta, insônia, dores musculares, problemas estomacais, sudorese, palpitação, etc.", explica o psicólogo.


O mais importante nesse caso é entender que isso é sim uma doença, e não uma "frescura" do profissional, que, para chegar até esse ponto, com certeza aguentou muitos problemas – e engoliu muitos sapos. "E comparar um profissional a outro é extremamente errado. Se dois profissionais trabalham na mesma área e somente um deles começa a apresentar os sintomas, não significa que ele é fraco ou qualquer coisa do tipo – assim como não significa que o outro é melhor. Cada um tem seu limite, e é preciso respeitá-lo", exalta o especialista.

Para tratar a síndrome pode ser preciso o apoio profissional, desde psicólogos até psiquiatras, que podem indicar antidepressivos dependendo do grau da doença. "Mas o apoio profissional não é tudo. O paciente precisa entender pelo o que está passando e se dedicar para que os sintomas sejam controlados e ele volte a ter uma vida boa e saudável – algo que, no momento, pode lhe parecer impossível", explica Borba.

Esse é um dos problemas das crises: os pacientes acham que ela nunca vai acabar – e eles estão errados. Tudo passa, mas, para passar de forma mais rápida e eficiente, eles precisam tomar as rédeas das suas vidas e cuidar da sua saúde. "Atividades físicas regulares e exercícios de relaxamento são de grande auxílio para pessoas que sofrem com o Burnout. Além disso, a pessoa não deve usar a desculpa de 'falta de tempo' para não praticar exercícios ou não aproveitar momentos de lazer. Para isso, a melhor sugestão é: mude seu estilo de vida, assim você previne / trata a síndrome de forma mais natural e saudável, sem precisar partir para tratamentos mais rígidos", ressalta o coach que lembra: drogas e álcool apenas afastam as crises de ansiedade, mas não a curam – podendo, em certos casos, até piorar a situação. Portanto, deixe-os de lado e aposte em tratamentos mais saudáveis.

*Jornalista.

SITES: http://www.todacomunicacao.com.br / http://www.toda-comunicacao.blogspot.com

Opinião

"É uma realidade muito dura a de que muitas pessoas vão ao teatro para permanecer na superfície, apenas para ver um ator famoso.

Davi Guimarães, ator.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Tomando as decisões - e as rédeas - de sua vida

por Verônica Pacheco*

Cada pessoa é diferente, cada qual com seus objetivos, metas, histórias, desafios, etc. Mas, independente de todos os motivos que tornam as pessoas diferentes, existem alguns aspectos comuns a todos, e o fato de ter que tomar decisões importantes é algo que cabe a qualquer pessoa.

Desde crianças nós somos forçados a escolher aquilo que queremos ser e/ou ter. É preciso tomar decisões desde muito cedo, e, com o passar do tempo, essas decisões tornam-se cada vez mais corriqueiras – e importantes. Não é a toa que essa é uma das características mais procuradas nos profissionais e líderes: alguém que saiba tomar boas decisões, que as assuma e as sustente.

Porém, nem sempre essa é uma tarefa fácil. João Alexandre Borba, psicólogo e coach, comenta que existem algumas 'regras' que podem ser seguidas na hora de tomar decisões a fim de evitar erros futuros. "Não é possível prever o que acontecerá, mas é possível tomar certas atitudes que façam com que a decisão tomada seja a mais assertiva, pelo menos no momento. Os principais conselhos que eu dou nesse sentido são: tenha vontade de decidir; não tome decisões por impulso; estude bastante suas opões, porém, evite chegar a uma conclusão quando for tarde demais; decisões muitas vezes trazem em paralelo grandes oportunidades. Ou seja, atitude, atenção e timing são essenciais. A maioria das pessoas pensa demais e age de menos. Decisões envolvem sempre um estudo das opções, coragem e atitudes", exalta.


É preciso ter em mente que sempre existirão imprevistos e que uma decisão importante sempre traz consigo "efeitos colaterais", por isso é tão importante estudar as opções disponíveis não se precipitar na hora de optar por algum caminho. "A pessoa sempre deve lembrar que não existe decisão perfeita. Sempre existirão vantagens e desvantagens para cada alternativa – e cabe a ela escolher qual será o melhor destino a seguir, afinal, toda escolha exclui algo", comenta Borba.

Essa é uma das principais diferenças entre os bons e os maus líderes: a capacidade de distinguir o caminho que deve ser seguido – e de saber lidar com as consequências que essas escolhas trazem. "É difícil confiar em um profissional que se mostra incapaz de lidar com suas escolhas, assim como crer em uma pessoa que não sabe o que fazer a respeito da sua vida pessoal. Dúvidas e questionamentos são importantes e comuns, mas a partir do momento em que é preciso tomar uma decisão, isso deve ser deixado de lado – e a pessoa precisa confiar mais em si mesma e em suas decisões" diz.

Para evitar arrependimentos futuros é extremamente importante avaliar os prós e contras de cada caminho – e, a partir de tomada a decisão, seguir nela sem olhar para trás ou pensar 'e se eu tivesse feito outra coisa?' "Esse tipo de pensamento não ajuda em nada – pior, ele pode prejudicar o rendimento do profissional ou até criar um caos na cabeça da pessoa. Uma tomada de decisão é um processo muitas vezes demorado, mas quando finalizado, ficar levantando hipóteses só irá te desgastar tanto física quanto psicologicamente", ressalta o psicólogo.

Para evitar problemas desse tipo, a pessoa precisa lembrar-se de que não importa quantos anos ela tenha, seu cargo, sua classe social, etc., independente de todos os fatores, ela sempre terá que tomar decisões e estar ciente de que a vida é formada por isso. "Você está onde está devido as suas decisões. O que lhe cabe a partir desse momento é saber como lidar com isso – e não há época mais propícia para esse tipo de reflexão do que o fim/início de ano. Aproveite os dias de folga para repensar sua vida e analisar as decisões que devem ser tomadas daqui para frente. Se não está satisfeito com algo, mude – e não olhe pra trás pensando ‘e se... Após alguns anos trabalhando com líderes e processos decisórios, posso afirmar com bastante segurança que um bom processo de decisão envolve uma dose enorme de autoestima e autoconfiança. A primeira para assumir a responsabilidade na escolha tomada e a segunda para mantê-la", conclui Borba.

*Jornalista.

SITES: www.todacomunicacao.com.br / www.toda-comunicacao.blogspot.com

Opinião

"O problema é que temos uma má adequação dos professores quando falamos de tecnologia. Eles não aceitam bem ou não sabem lidar. Mas as gerações mais novas vão ter muito mais facilidade, talvez seja uma questão de tempo."

Lúcio Teles, especialista em informática e educação.

Opinião

"O papel primordial da escola é a escolarização - proporcionar aprendizagem sistematizada, moderna, com efetividade. O professor é o agente facilitador desse processo. Os recursos tecnológicos não vêm para substituir o professor ou a escola, mas para ampliar as possibilidades de aprendizagem e favorecer as relações dos estudantes com o meio social."

Fátima de Mello Franco, pedagoga, professora e presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal.

Opinião

"A educação formal é cada vez mais híbrida, porque não acontece só no espaço físico da sala de aula, mas nos múltiplos espaços do cotidiano, que incluem os digitais. O professor precisa seguir comunicando-se face a face com os alunos, mas também digitalmente."

José Manuel Moran, professor e pesquisador da USP.

Opinião

"Um dos grandes benefícios do uso da tecnologia é o desenvolvimento do trabalho em equipe e da colaboração. (...) Isso é mais uma forma de se comunicar, uma opção. De forma alguma invalida algo pessoal e direto que, com certeza, deve acontecer no ambiente da sala de aula."

Edmilson Paoletti, gerente de Desenvolvimento de Negócios para Educação da Intel.

Dicas para comprar na internet de forma segura

por Felipe Pereira*

O fim de ano chegou, e com ele o espírito natalino, de mudança, o ano novo, as festas de encerramento de ano e... os presentes. São milhares de compras, desde o amigo secreto do trabalho até os presentes de natal para a família. Milhões de pessoas vão às ruas, aproveitam o comércio que fica aberto até mais tarde e oferece várias opções de pagamento e descontos inimagináveis. Mas cada vez mais pessoas evitam passar por esse "aperto" e escolhem comprar os presentes de outra forma: sem precisar sair de casa, via internet.


Segundo dados da E-bit, é estimado que em 2014 a movimentação das compras via internet seja 20% maior do que em 2013, chegando aos 34,6 bilhões de reais.

Porém, todo esse aumento de consumo online traz consigo preocupações e novos cuidados que precisam ser tomados para que a compra seja segura e o cliente receba em casa o produto em perfeitas condições. Sabendo disso, separei algumas orientações que podem ser seguidas para aqueles que desejam comprar sem sair de casa – e sem serem lesados:

1. Opte por lojas conhecidas e/ou indicadas por pessoas próximas.

2. Pesquise sobre a loja virtual. Hoje em dia é fácil verificar se essa é uma loja confiável ou não. Procure sobre ela em sites como o “Reclame Aqui”, comentários na página do facebook ou no próprio site. Consumidores lesados estão no direito de “brigarem” pelos seus direitos – e cada vez mais isso é feito via internet. Por isso: pesquise muito bem.

3. Cheque se a empresa o telefone e o endereço físico da loja – caso exista - são reais. Ligue para o número oferecido e tire suas possíveis dúvidas.

4. Preste atenção na forma de pagamento, prazos e nas políticas de troca/devolução de produto. Tenha em mente que durante o período de fim de ano os correios costumam ficar mais cheios – e, caso não tenha certeza que a sua entrega vai chegar no dia previsto, ligue para a empresa e confira. Ainda sobre esse aspecto, preste atenção nas taxas da compra e no frete, que podem encarecer o produto.

5. Veja que o site oferece certificados de segurança. Outra dica é verificar se na barra de navegação do computador aparece o https:// – o "s" do final quer dizer "seguro".

6. Não existem milagres, portanto, fique atento com preços muito mais baixos do que a média do mercado. Compare as lojas e não seja enganado por ofertas milagrosas – elas não existem.

7. Guarde todos os comprovantes da compra - todos mesmo. Número de protocolo/pedido, possíveis e-mails trocados para esclarecer dúvidas, nome da loja, forma de pagamento, valor do quanto foi pago, etc. Tenha tudo consigo, mesmo que de forma eletrônica – mas que esteja disponível para ser impresso caso necessário.

8. Cuide da sua segurança. Quando tratar-se se seu computador pessoal, mantenha-o sempre com ativírus atualizado. Se tratando de computadores públicos, evite colocar dados pessoas e realizar pagamentos/compras por eles. Espere até chegar em casa – é melhor do que correr riscos desnecessários.

Seguindo essas orientações, você deve sentir-se mais seguro na hora de fazer suas compras. Agora só resta esperar os presentes chegarem e aproveitar o fim de ano. 

*Mestre em administração, especialista em projetos digitais e criador do Digaí.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Opinião

"Eu não mudei como cineasta, desde a época em que fazia curtas até hoje em dia. Acredito que ter trabalhado com cinema documental no começo de carreira ajudou a me preparar para as ficções."

Cláudio Assis, cineasta.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O poder da literatura clássica nos negócios e carreiras

por Luis Roberto Antonik*

Como em tempos tão modernos uma obra clássica, escrita há vários séculos, pode ajudar nos negócios ou na carreira? Na verdade, o momento atual tem como característica o consumo voraz de tecnologia de gestão de pessoas e a autoajuda para executivos. Mas, especialmente, o aumento da produtividade pela satisfação dos colaboradores. Ou seja, embora possa ser paradoxal, empregados motivados podem render mais no trabalho que os pressionados.

Este momento histórico das obras clássicas redescobertas pelas aplicabilidades na administração do Terceiro Milênio começa com um livro datado do início do século XVI: O Príncipe, de Nicolau Maquiavel. Embora de leitura difícil, as entrelinhas do livro revelam centenas de lições preciosas aos leitores mais pacientes e atentos, pois mesmo com quase quinhentos anos, a sua aplicabilidade em gestão é inegável. "Seja sempre justo com os seus colaboradores", ensina o escritor florentino, pois "um homem esquecerá antes aquele que lhe tirou o pai do que aquele que lhe cometeu uma injustiça". Aliás, o "injusto e o despótico podem até conseguir fortuna, mas nunca a glória".

Já no final do século XVI, René Descartes, com o seu Discurso do Método, fixa as bases da administração moderna: "análise, enumeração, evidência e síntese".


Na mesma linha, já no século XVII, surge Baltazar Gracián com um livro de conselhos, escrito em 1647, especialmente voltado para o comportamento no mundo empresarial: como tratar subordinados, pares e superiores. O mundo é um ambiente hostil e enganoso, onde as aparências prevalecem, mas não se sustentam sobre as virtudes e a verdade. São primordiais para vencer neste ambiente "conhecer e aplicar um conjunto de sutilezas morais", explicava Nietzsche sobre Gracián.

E, finalmente, há cerca de dez anos, já no século XXI, ressurge um livro escrito cinco séculos antes de Cristo, com a chamada análise SWOT. Para que o leitor tenha uma noção da sua importância na administração moderna, a análise SWOT é um instrumento simples, capaz de produzir resultados surpreendentes na área empresarial. Sua técnica é atribuída ao professor Albert Humphrey da Universidade Stanford (EUA). Apesar de ser um tanto controversa e creditada a vários professores, essa ferramenta domina a cultura da moderna gestão administrativa. Todavia, aqueles mais aficionados pela leitura de Sun Tzu, o escritor chinês mais conhecido por sua obra A Arte da Guerra (500 a.c.), poderão encontrar em suas páginas as seguintes palavras: concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças.

As obras clássicas são essenciais ao desenvolvimento da administração moderna. Conhecê-las proporciona cultura histórica e tecnologia de gestão. Apreender com gênios que viveram experiências do passado nos proporciona ensinamentos de ação, os quais, se devidamente contextualizados e pensados, podem ser de valia para melhorar a produtividade e o resultado, não apenas da empresa, mas do executivo também.

*Graduado em Geografia, Ciências Econômicas e Administração. É também professor e escritor.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Opinião

"As mudanças são rapidíssimas e não se pode ficar para trás. Acompanhe e saiba entender as tendências tecnológicas. (...) As pessoas que se arriscam saem com vantagem. A possibilidade de perder dinheiro e fazer papel de bobo sempre existe. Aceite-as."

Otávio Good, empreendedor digital e especialista em computação gráfica.

7 desculpas que impedem seu sucesso na carreira digital

por Alan Pakes*

Agir, tomar decisões, crescer profissional e pessoalmente... Tudo isso demanda esforço, algo que nem sempre estamos dispostos a ter. Nessas horas várias desculpas aparecem para justificar a nossa falta de ação, como uma forma de conforto mental: "Não fiz nada porque eu tinha um bom motivo para isso".

Se você tem sonhos e ambições, descubra quais são as desculpas mais comuns e veja como tirá-las da sua vida:

1. É preciso ter contatos

Sim, conhecer pessoas, ou seja, ter uma network, é algo muito importante e pode abrir muitas portas. Se você não tem contatos agora, é provável que diga: "Mas eu não tenho contatos!"

O que você precisa saber é: um bom trabalho atrai bons contatos, e você ainda pode ir atrás deles… Aproveite as facilidades da tecnologia e crie conexões online.

De que forma você pode fazer isso? Há várias maneiras. Uma delas é construindo autoridade na internet, seja por meio de um blog, canal do YouTube, podcasts…

Com a sua plataforma de autoridade rodando, é possível entrar em contato com outras pessoas para realizar entrevistas e guest posts, assim como elas entrarem em contato com você com esse objetivo.

Outra dica é fazer comentários em posts e participar de eventos presenciais, como congressos e palestras sobre a sua área de atuação.

2. Preciso fazer mais pesquisas

É normal bater aquele receio de que você não está pronto, de que é preciso mais treinamento ou mais pesquisas para poder escrever um texto, lançar um produto, enfim, tomar uma decisão e agir.

No entanto, isso pode fazer com que você perca o timing do negócio, deixando as coisas ainda mais difíceis no futuro.

Uma frase bem conhecida entre os empreendedores brasileiros que trabalham com marketing digital é: "Feito é melhor que perfeito". Não existe perfeição, e você deve escolher se quer ser a pessoa que faz ou a que não faz.

Deu algo errado? Se for possível, corrija e, claro, aproveite a oportunidade para aprender com o erro.

3. Tenho muitas / poucas ideias

Uma ideia é algo que todo mundo tem, todos os dias. A questão é: você está disposto a tirar a ideia da sua cabeça e passá-la para a realidade?

O grande problema com quem tem muitas ideias é que a pessoa acha várias ou algumas delas fantásticas, perfeitas, e que precisa escolher a mais perfeita para que tudo dê certo.

Enquanto isso, quem tem poucas ideias sofre porque acha que ainda não teve a ideia mais fantástica e perfeita.

No final das contas, os dois tipos de pessoas esbarram em um grande problema: não existe ideia "mais perfeita", e é isso que os faz perder tempo. Escolha uma que lhe faça sentir prazer em trabalhar, tire-a da sua cabeça e veja o sucesso acontecer.

4. A ideia que eu tenho já existe

Essa é a melhor prova de que ela funciona! O que há de errado nisso? Não deixe o medo de entrar no mercado lhe atrapalhar.

Você já foi ao supermercado e viu uma única marca em todas as prateleiras? Só existe uma escola de Inglês no Brasil? Uma agência de marketing? Uma fabricante de material de construção?

Mais cedo ou mais tarde haverá concorrência.


5. Sou muito ocupado

Talvez você não seja tão ocupado quanto imagina. Será que você está usando o seu tempo de maneira produtiva? Isso inclui vários fatores, inclusive quantidade de sono e alimentação, que podem afetar a sua cognição e diminuir a sua produtividade.

Seu tempo ocioso precisa ser analisado e você precisa ter disciplina para adotar uma nova rotina. As pessoas que escolhem organizar o tempo são capazes de aproveitar o dia muito melhor, e elas também têm mais sucesso na vida. Só depende de você.

Faça uma análise do seu tempo por uma semana. Veja o quanto você demora para cumprir tarefas básicas, moderadas e complexas. Calcule o quanto você dorme e quanto tempo de intervalo entre uma tarefa e outra você tem.

Com a internet ao nosso alcance o tempo inteiro, é provável que você esteja se distraindo mais do que deveria.

6. Preciso de dinheiro (ou mais dinheiro)

Há como começar negócios do zero, com pouco ou até mesmo nenhum dinheiro. E-books, blogs, canais no YouTube, podcasts, entre outras formas.

7. Vou fazer amanhã

Quantas vezes você disse isso e realmente fez? Há quem realmente esteja cansado ou em um momento ruim e consiga remarcar a atividade para o dia seguinte, sem prejudicar o andamento de um projeto, mas nem todo mundo age dessa forma.

Evite dizer que vai fazer amanhã. Isso pode se tornar um hábito que lhe trará problemas.

E então, vai deixar para aplicar as dicas amanhã ou hoje?

*Engenheiro, especialista em empreendedorismo e marketing digital. Fundador da Invista em Você, da Atrians e da Digital Summit, e organizador do CONAED (Congresso Nacional de Empreendedorismo Digital). 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Opinião

"O grafite amacia o concreto. É importante que esse tipo de intervenção esteja presente nas cidades. Quando mostramos para o mundo que existem interação e produtos de qualidade no país, damos mais importância para a nossa rota de produção."

Baixo Ribeiro, arquiteto e fundador da Choque Cultural.

Opinião

"A rua é o lugar mais democrático para distribuir a arte. É um local de todos. Merece todo o tipo de melhoria. É uma reflexão de pertencimento."

Janaína André, designer, artista plástica, educadora e integrante do Mapa Gentil.

Opinião

"O cozinheiro e o dançarino compartilham um mesmo ideal, movimento e criatividade, a busca pelo movimento perfeito e excelência técnica na sua paixão pela arte. (...) O foco, antes, era muito na preparação. Queremos evitar a robotização. Buscamos mais criatividade e improvisação."

Jérôme Bocuse, chef de cozinha.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Opinião

"Com a internet, o processo de compartilhamento das redes, toda a evolução do computador pessoal e o barateamento de ferramentas tecnológica, você permite que as pessoas, com ferramentas muito simples, com muito poucos recursos, consigam criar coisas, que é toda essa história da inovação de garagem."

Gabriela Augustini, especialista em inovação digital.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A transformação do mercado de trabalho pela mulher

por Claiton Fernandez*

Durante muitas gerações, tudo o que se esperava de uma mulher era que ela ficasse em casa e cuidasse do lar. Trabalhar fora era sinal de extrema pobreza e condição inaceitável aos olhos da família. Ao longo da história, a transformação desse ideal corresponde a uma das principais evoluções da sociedade moderna.

Dos anos 70 para cá, a diferença é gritante, as mulheres ganharam força e poder econômico, tornaram-se responsáveis por transformações culturais e mercadológicas, desempenhando as mais diversas atividades profissionais e diluindo o preconceito.

Mas, o que aconteceu no decorrer dessa longa e sofrida história para que se operasse tal transformação? A conquista do mercado de trabalho representou para a mulher um extenso percurso de suor e vitórias, e a evolução histórica de suas profissões e atividades talvez possa esclarecer melhor os bastidores dessa luta.

Nesse contexto, às vésperas da Revolução Industrial, a mulher das camadas populares foi submetida à produção fabril – divisor de águas na história das profissões femininas. A Era Industrial incorporou subalternamente o trabalho da mulher no mundo da fábrica, aproveitando suas facilidades com o manejo de tecidos e separando, definitivamente, as atividades domésticas do serviço remunerado fora do lar.

Durante todo o século XVIII, as perspectivas de trabalho para as mulheres se expandiram, mas, em decorrência do alto contingente de operárias, os salários baixaram ainda mais. Da parte dos homens, temia-se que a "intrusão" feminina resultasse numa queda salarial para todas as classes trabalhadoras. Não faltou quem as acusasse de roubar seus postos de trabalho.

Essa abertura do mercado desenvolveu a versatilidade e a flexibilidade de funções no perfil da mulher, visível ainda hoje em suas relações sociais. Em seu itinerário, ficaram acumulados os afazeres do lar e as atribuições do cargo nas fábricas. A ela cabia, agora, cuidar da prole, das obrigações domésticas e também do trabalho remunerado, acúmulo que positivamente influiu em seu caráter ousado e independente. No decorrer da história, a mulher se mostrou peça fundamental tanto no âmbito familiar quanto nas relações profissionais do mercado.

A grande conquista feminina no mercado de trabalho ocorreu somente com o início da Segunda Guerra Mundial, quando as mulheres se tornaram uma importante mão-de-obra para as nações europeias. A indústria bélica não poderia parar e ficou a cargo de muitas mulheres a fabricação de peças para armas, tanques e aviões.

 
É verdade que essa pedra estava longe de encerrar o preconceito e superar as antigas contendas. Ainda assim, a mulher se firmava a cada ano como peça fundamental do mercado, assumindo profissões tidas como predominantemente masculinas. Já foi o tempo em que a mulher que trabalhava como motorista de ônibus, árbitra esportiva ou mestre de construção civil causava choque na sociedade. Elas hoje estão em praticamente todas as áreas: na engenharia da computação, aeronáutica, polícia militar, política, no futebol, dentre outras tantas.

Os anos 90, em particular, foram muito favoráveis para o fortalecimento da mulher profissional. Nessa década, a mulher viu aumentar o seu poder aquisitivo, seu nível de escolaridade e conseguiu reduzir ainda mais a diferença salarial em relação aos homens. Hoje, o número de mulheres com formação universitária ultrapassa o saldo masculino. Elas estão crescendo cada vez mais no mercado de trabalho, conquistando lideranças e já assumem o comando das famílias.

As diversas alterações nos padrões culturais e valores referentes aos papéis familiares ao longo da história, intensificadas pelos movimentos feministas que impactaram os anos 70, resultaram no perfil da mulher atual, a cada dia mais produtiva, criativa e independente. O seu sucesso neste ambiente tão competitivo e hostil é resultado direto de sua vitalidade, competência, vigor e persistência na conquista de seu espaço.

*Palestrante, consultor e educador.
 

É momento de refletir sobre nossas escolhas

por Erik Penna*

"O tempo é a única riqueza que é distribuída igualmente por todos os homens". (Saint-John Perse)

Certa vez uma mulher saiu para um passeio e enquanto caminhava pela floresta carregando seu filho no colo, se preocupou ao notar que não se lembrava mais do caminho de volta. Além disso, a fome e a sede já incomodavam bastante. Neste instante, ela se deparou com uma caverna mágica de onde saía uma voz que dizia: "Entre, seja bem-vinda! Esta caverna é mágica, aqui dentro há maravilhas. Tudo que há de bom neste mundo pode-se encontrar aqui".

A mulher ficou interessada e, adentrando na caverna, ficou boquiaberta com tantas coisas que viu e perguntou: "Posso pegar tudo o que eu quiser?" E escutou a resposta que dizia: "Sim, você pode pegar o que conseguir levar para fora da caverna, mas preste atenção: você só terá cinco minutos. Ao findar esse tempo, a porta fechará e nunca mais abrirá".

Ela olhou para o relógio e prontamente começou a correr para pegar o que mais lhe interessava. Como estava com muita fome, logo avistou um pote com muita comida, iguarias finas e rapidamente o levou para fora.

Voltou para dentro da caverna e, como a sede já era grande, abraçou um galão grande cheio de água e o empurrou ligeiramente para fora, a fim de ganhar mais tempo para pegar outras coisas.

Ao retornar à caverna, seus olhos brilharam quando viu uma caixa cheia de roupas de grife, mantimentos para casa e a chave de um carro zero quilômetro. A caixa era extremamente pesada, mas ela conseguiu carregá-la para fora, garantindo assim, o direito de levá-la para casa.

Por fim, de olho no relógio, viu que lhe restavam apenas poucos segundos. Rapidamente entrou na caverna pela quarta e última vez e, ao se deparar com um saco cheio de joias, moedas de prata, diamantes e barras de ouro, percebeu que seria ainda mais difícil transportá-lo. Mas ela, num esforço sobrenatural, conseguiu empurrar o saco pra fora da caverna e, imediatamente ao sair, viu a porta da caverna se fechar.

A mulher estava bem cansada, sentou-se para verificar suas conquistas e, aparentemente realizada, começou a admirar as preciosidades que havia conquistado. Com um sorriso enorme no rosto, fitou os olhos no pote de comida, no recipiente com água, nas roupas de grife, na chave do carro, na prata, nos diamantes e no ouro. Neste momento começou a procurar o seu filho, quando então percebeu, em desespero, que o tinha esquecido dentro da caverna.

Este texto, inspirado na estória de Frances Jenkins Olcott, é oportuno nesse final de ano, quando costumamos "fechar para balanço" e refletir sobre as escolhas que fizemos durante o ano. Analisamos, principalmente, como temos equilibrado o tempo destinado à parte profissional e pessoal.


Uma matéria da revista Época Negócios, de setembro 2014, apontou a decisão de um grande executivo Mohamed El-Erian, internacionalmente reconhecido por seu trabalho numa empresa de investimento, que decidiu deixar o cargo de CEO na empresa por causa de uma carta que recebeu da sua filha de 10 anos.

Imagine: na cartinha, a menina enumerou os 22 grandes acontecimentos da vida dela em que o pai não havia participado, por causa da agenda dele sempre cheia de compromissos profissionais. Ela registrou as ausências do pai em eventos significativos para ela como: no primeiro dia de aula na escola, no desfile de Halloween, no primeiro jogo de futebol e em muitos recitais.

A pergunta é: Será que estamos alinhando o que falamos com o que de fato fazemos?

Eu penso que sempre encontramos tempo para o que julgamos realmente importante para nós. A vida é muito mais do que acumular riquezas materiais. É importante saber que a nossa família precisa de nós. Não há dinheiro que pague o amor, o carinho e o tempo a eles destinados. Algumas pessoas deixam para fazer isso sempre amanhã e, em alguns casos, já é tarde demais.

É evidente que precisamos trabalhar, ultrapassar as metas, superar desafios e promover nosso crescimento profissional, mas não devemos perder o foco e esquecer as pessoas que amamos. É necessário termos em mente o tempo que reservamos ao que é, de fato, importante para nós e buscarmos continuamente o equilíbrio. Afinal, a virtude está no caminho do meio e o verdadeiro sucesso é ser feliz.

Estou certo de que nenhum sucesso profissional compensa o fracasso familiar!

*Economista, especialista em vendas, consultor, palestrante e escritor.
 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

World faith leaders signed Declaration to eradicate modern slavery

Vatican City – Today, on the International Day for the Abolition of Slavery, the Global Freedom Network (GFN) has brought together leaders of the Christian Catholic, Anglican and Orthodox, as well as Buddhist, Hindu, Jewish and Muslim faiths who have jointly declared one common humanitarian endeavour: To eradicate modern slavery by 2020 throughout our world and for all time as a crime against humanity.

In a ceremonial act, a Joint Declaration of Religious Leaders against Modern Slavery was signed by:

• Catholic: Pope Francis

• Hindu: Her Holiness Mata Amritanandamayi (Amma)

• Buddhist: Zen Master Thich Nhat Hanh (Thay) (represented by Venerable Bhikkhuni Thich Nu Chan Khong) 

• Buddhist: The Most Ven. Datuk K Sri Dhammaratana, Chief High Priest of Malaysia 

• Jewish: Rabbi Dr. Abraham Skorka

• Jewish: Rabbi Dr. David Rosen

• Orthodox: His All-Holiness Ecumenical Patriarch Bartholomew (represented by His Eminence Metropolitan Emmanuel of France)

• Muslim: Mohamed Ahmed El-Tayeb, Grand Imam of Al-Azhar (represented by Dr. Abbas Abdalla Abbas Soliman, Undersecretary of State of Al Azhar Alsharif)

• Muslim: Grand Ayatollah Mohammad Taqi al-Modarresi 

• Muslim: Grand Ayatollah Sheikh Basheer Hussain al Najafi (represented by Sheikh Naziyah Razzaq Jaafar, Special advisor of Grand Ayatollah)

• Muslim: Sheikh Omar Abboud

• Anglican: Most Revd and Right Hon Justin Welby, Archbishop of Canterbury
 
Common commitment to inspire spiritual and practical action by all world
faiths and people of goodwill everywhere to eradicate modern slavery.

This is the first time in history that the leaders of the Christian Catholic, Anglican and Orthodox, as well as Buddhist, Hindu, Jewish and Muslim faiths have come together to jointly declare one common endeavour against slavery.

Joint Declaration of Religious Leaders against Modern Slavery:

"We, the undersigned, are gathered here today for a historic initiative to inspire spiritual and practical action by all global faiths and people of good will everywhere to eradicate modern slavery across the world by 2020 and for all time.


In the eyes of God*, each human being is a free person, whether girl, boy, woman or man, and is destined to exist for the good of all in equality and fraternity. Modern slavery, in terms of human trafficking, forced labour and prostitution, organ trafficking, and any relationship that fails to respect the fundamental conviction that all people are equal and have the same freedom and dignity, is a crime against humanity.
We pledge ourselves here today to do all in our power, within our faith communities and beyond, to work together for the freedom of all those who are enslaved and trafficked so that their future may be restored. Today we have the opportunity, awareness, wisdom, innovation and technology to achieve this human and moral imperative."
 
*The Grand Imam of Al Azhar uses the word "religions". 
 
For more information please visit: http://www.globalfreedomnetwork.org.  

A inteligência emocional no mercado de trabalho

por Claiton Fernandez*

Já há algum tempo o mercado de trabalho percebeu que mais do que a formação, a inteligência e o grau de especialização, o que faz um profissional ser competente é a maneira como ele lida consigo mesmo e com os outros.

O que se observa, no entanto, é que a maioria das pessoas não sabe administrar os próprios sentimentos de forma a ter sucesso tanto nos negócios como nos relacionamentos pessoais.

Por isso, estudos sobre a inteligência emocional (IE) ganharam grande importância. A boa notícia é que é possível aprimorar a capacidade de lidar com as nossas emoções e com as dos outros, o que se torna fundamental especialmente quando as divergências provocam reações estressantes.


E como podemos definir IE? Para Mayer, Caruso & Salovey (2.000, p.267) é a "...habilidade para reconhecer o significado das emoções e suas inter-relações, assim como raciocinar e resolver problemas baseados nelas. A IE está envolvida na capacidade de perceber emoções, assimilá-las com base nos sentimentos, avaliá-las e gerenciá-las".

Neste sentido, a primeira avaliação científica da IE foi feita em 1997 pelo psicólogo Bar-On com a criação do EQ-I. Contudo, a ferramenta ganhou uma versão mais completa em 2011, o EQ-I 2.0, focalizada no mundo do trabalho e que proporciona cinco dimensões de análise da IE:

1. Auto percepção: revela o nosso eu interior, mensura nossa autoestima, autorealização e consciência emocional; auxilia-nos a compreender quando, como e porque diferentes emoções impactam nossos pensamentos e ações.

2. Autoexpressão: indica como expressamos sentimentos, pensamentos e crenças; aqui temos em foco a expressão emocional, o grau de assertividade e a nossa independência.

3. Interpessoal: avalia o quanto somos capazes de desenvolver e manter nossas relações interpessoais, qual o nosso grau de empatia pelas pessoas e o quanto nos importamos em cultivar a responsabilidade social.

4. Tomada de decisões: avalia a solução de problemas, o teste da realidade e o controle dos impulsos. Achamos soluções quando fortes emoções estão envolvidas? Mantemos a objetividade vendo as coisas como realmente são? Somos explosivos e imprevisíveis ou conseguimos manter a compostura e toleramos bem as frustrações?

5. Gerenciamento de stress: o mundo do trabalho é feito de mudanças, circunstâncias desconhecidas e imprevisíveis; diante isso, cada um tem diferentes maneiras de enxergar o futuro. Nesta dimensão está em jogo o grau de flexibilidade, tolerância ou stress e otimismo.

É necessário evidenciar onde está o desequilíbrio destas dimensões, ajudando na adequação das exigências da vida. Como lidamos com emoções, a felicidade não pode ser esquecida, sendo importante zelar pelo bem estar e a saúde emocional da empresa.

Por que então o mercado de trabalho tem se interessado tanto pela IE? A resposta pode estar relacionada com a suposição de que pessoas com melhor gerenciamento das próprias emoções são aquelas que provavelmente são mais bem sucedidas no mercado de trabalho e apresentam melhor qualidade de vida.

*Palestrante, consultor, escritor e educador.
 

Opinião

"Atuação precisa de ação. É divertido porque é atlético e requer timing, um tom certo. Sempre estou aberto a sequências de ação. Isso é o que gosto em atuar: o fato de você precisar de uma ação forte. Se você não se doa por completo, tudo fica mecânico e seco, mas se você se joga demais, as pessoas podem se machucar."

Willem Dafoe, ator.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Crise entre os sócios? A comunicação na solução de conflitos profissionais

por Thiago Ermano*
 
No mundo do empreendedorismo é muito comum ouvir histórias de executivos que já tiveram – ou têm – conflitos constantes com seus sócios. Os motivos são diversos, no entanto, as razões quase nunca se justificam e acabam por prejudicar a imagem dentro e fora da empresa. Mas é possível solucionam os conflitos, manter um "casamento" profissional e restabelecer a harmonia e o andamento dos negócios? Com certeza, sim! Por mais que dicas não consigam solucionar 100% dos problemas entre sócios, ao menos, podem ajudá-los a evitar impasses desnecessários. Observe:
 
Não desista, aprenda com seu sócio! Como ninguém nasce empreendedor, entenda que estamos em constante formação profissional (e pessoal) e somos influenciados pelo ambiente, que também modifica cada um de nós diariamente. Como líder, você terá que infinitas vezes ponderar se os erros devem ser relevados ou não. Por isso, uma dica importante: estude o comportamento de seu par e busque compreender os pontos de vista dele sobre o mundo e sobre os negócios. Utilize as informações para perceber os pontos fracos e pontos fortes do sócio e coloque em prática o aprendizado sobre a personalidade dele.
 
Já elaborou um Job Description? Se você acredita que trabalha mais do que seu sócio ou é acusado de trabalhar menos, outro passo importante é definir "quem é quem" na empresa. Quem tem mais habilidades e é bem aceito na gestão da empresa? E diante dos funcionários, dos clientes e parceiros? Colha as opiniões e percepções dos atores em torno do negócio. Uma pesquisa com até 10 perguntas pode nortear quem tem mais afinidade com cada área. Caso o sócio não seja qualificado para aquela função, nasce uma ótima oportunidade de capacitá-lo para melhorar o perfil gestor dele.


Análise do passado x presente: A divisão natural das responsabilidades tende a acontecer quando cada sócio cuida do que ou de quem gosta. Você deixaria um sócio engenheiro assumir o departamento jurídico? Tecnicamente não é aconselhável. No entanto, o sócio-executivo pode assumir-se como o porta-voz da empresa e intermediar o relacionamento com um especialista em Direito (parceiro), atuando em parte da gestão da empresa. Você ou seu sócio tem mais facilidade com a condução e delegação de tarefas da equipe? Qual dos dois atende diretamente seus clientes? Observem cada ponto, anote e sugira as mudanças antecipadamente ao sócio – evite surpreendê-lo e submeta às ideias dele, para complementar o que pensa a respeito dos temas indicados por você.
 
Não deu certo! Busque intermediário: Bons gestores à frente de negócios aprendem a mediar conflitos internos. Mas há limites! Após tentar diversas técnicas ou contato sem êxito com o sócio, uma solução está em trazer para próximo um consultor “intermediário” de Comunicação Interna. Este ator terá como função observar comportamentos e ações realizadas pelos gestores e equipes e gerar novas dinâmicas de informação, a fim de melhorar o ambiente de trabalho de ambos. Um bom coach ou especialista em Comunicação pode auxiliar neste processo para deixar o fluxo informacional mais prático. Uma alternativa para solução de conflitos entre sócios que precisam reduzir o stress gerado pelo excesso de conflitos no ambiente de trabalho.

Em que fase do relacionamento com o sócio você está? Independentemente da fase, entenda que melhorar o contato com seu par profissionais trará melhorar sensíveis mudanças (positivas) para ele, para você e para toda a cadeia em torno de sua empresa. Aposte na Comunicação – uma poderosa ferramenta de solução de crises.

*Jornalista.
 

Opinião

"Nenhuma expressão criativa de valor artístico foi jamais realizada por ex-alcoólatras ou ex-viciados em drogas."

Lars von Trier, cineasta.

Opinião

"Dispomos hoje de recursos incríveis que o mercado nunca teve. As informações sobre os consumidores e as formas de engajá-los são ferramentas que um homem de marketing só pode agradecer. Essa generosidade de meios e informações para trabalhar uma campanha empurra a publicidade para a inovação e para a criação. Nesse caminho, as agências de publicidade precisam ter nas suas equipes engenheiros e recursos humanos de outras naturezas. Elas não podem mais se restringir aos publicitários."
 
Nizan Guanaes, publicitário.