quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Dinheiro traz felicidade?

por Leide Albergoni*

Angus Deaton, professor da Universidade de Princeton, foi agraciado com o último Prêmio Nobel de Economia, por seus estudos sobre consumo, poupança e desenvolvimento econômico. Com extensos estudos sobre o comportamento dos indivíduos, os trabalhos de Deaton trouxeram mudança na forma como os estudos sobre pobreza e desigualdade podem ser conduzidos, já que demonstraram que o nível de consumo, poupança e percepção de bem estar são diferentes de acordo com o nível de renda, idade e país.

Deaton afirma que o padrão de vida nunca esteve tão bom quanto atualmente, mas que ainda há muita desigualdade econômica. Todavia, o autor destaca que as medidas de desigualdade deveriam variar de acordo com a região e momento histórico, já que as pessoas lidam de forma diferente com sua realidade. Assim, é difícil comparar pobreza entre diferentes regiões do mundo, ou momentos históricos.

O professor estudou a percepção de felicidade e bem estar dos indivíduos em relação à renda: embora com níveis de renda muito destoantes, a sensação de felicidade do brasileiro está na mesma faixa dos Estados Unidos, Canadá e alguns países europeus. Então dinheiro não traz felicidade? Quando se analisa as diferenças em um país, a felicidade está sim relacionada com o nível de renda, o que significa que um brasileiro rico é mais feliz que um brasileiro pobre. Porém, a felicidade aumenta somente até certo nível de renda, permanecendo estável a partir de então. No caso dos EUA o autor conseguiu chegar a um valor: US$75 mil, mas para países em desenvolvimento, como o Brasil, seria em torno de US$30 mil.

Pelos trabalhos de Deaton pode-se inferir que a sensação de felicidade depende da satisfação com a condição de vida dos indivíduos, isto é, seu padrão econômico e renda, mas é fortemente influenciada pelas expectativas sobre o futuro. Ele mostra que embora os Chineses sejam insatisfeitos atualmente, são otimistas em relação ao futuro dos filhos, enquanto que os europeus estão satisfeitos, mas pessimistas. Esse otimismo está relacionado com as taxas de crescimento do PIB, isto é, qual é o potencial de melhora do padrão de vida.

A crise atual nos faz refletir sobre essa relação: embora nosso padrão de vida esteja melhor do que há 10 anos, talvez nossa satisfação com a vida não esteja no mesmo nível, já que naquele período as perspectivas sobre a economia brasileira eram melhores do que as atuais. Os trabalhos de Deaton trazem mais perguntas que respostas, mas uma leitura geral nos indica que apesar do crescimento econômico ser fundamental para a melhoria de qualidade de vida da população, a sensação de bem estar e felicidade dos indivíduos pode ser influenciada pelas expectativas sobre o futuro do país, o que em nosso contexto atual exige definições políticas e econômicas para reduzir as incertezas sobre os rumos do país.

*Economista, professora e escritora.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

6 dicas de marketing pessoal

1. Seja uma pessoa bem humorada e otimista, alguém que as pessoas desejam estar perto.

2. Saiba trabalhar em equipe, administrar conflitos e influenciar os outros pelas ações, não somente pelas palavras.

3. Respeito, honestidade, fidelidade, gentileza e humildade nunca fizeram mal a ninguém – invista nessas características.

4. Prometeu: cumpra. Simples assim. Pessoas de palavra, confiáveis e responsáveis são muito valorizadas no ambiente profissional e pessoal.

5. Reconheça seus pontos fracos e seus pontos fortes – sempre trabalhando para melhorá-los;

6. Utilize a internet a seu favor: cultive seu networking, dando sempre feedback para seus colegas, mantendo-se atualizado nas redes sociais e profissionais, deixando o currículo sempre em dia, checando e-mails e mostrando que está sempre antenado com os acontecimentos do mundo.

FONTE: Outliers Careers

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Opinião

"Gratidão pode e deve ser cultivada sempre. Não há contraindicação! Cada hora, dia, semana, mês, há possibilidades infinitas de aprender algo, de superar algo, de ensinar algo. Exercer essa gratidão faz bem para a mente, o corpo e a alma, além de fazer com que a saúde emocional se renove. Por isso, por meio do agradecimento, é possível recarregar as baterias para seguir com confiança, força e vitalidade ao longo do ano. (...) Se você realmente deseja começar um 2016 próspero, agradeça! Tudo tem um propósito de ser e existir, nada chega por acaso. Você é capaz de mudar o que quiser, inclusive, de ter uma vida mais saudável e feliz."

Andreia Rego, psicanalista e coach.
 

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Opinião

"A vida é um mistério, e a mente humana também. Nunca vamos conseguir entender tudo, mas é superdivertido aprender cada vez mais. (...) Nós treinamos a mente para que ela passe cada vez mais tempo no presente, o que permite o relaxamento do corpo e a manifestação da criatividade."

Pat Coffey, co-fundador do Meditation Teacher Training Institute e professor do Spirit Rock Meditation Center.

Opinião

"A economia colaborativa veio para ficar porque ela faz sentido em termos financeiros. É um modelo que possibilita a utilização de recursos com mais eficiência."

Robin Chase, co-fundadora do Zipcar e do Buzzcar, escritora e palestrante.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Como agir para ser um empreendedor em 2016?

com informações da Outliers Careers

Ano novo, mudanças, novos objetivos, novos sonhos e novos desejos. Não há hora melhor do que essa para investir nos planos que estão no papel há tempos, mas que insistem em não sair de lá. Essa é a hora do décimo terceiro salário, das férias e, a princípio do descanso. Porém, muitas pessoas aproveitam o tempo livre e o dinheiro a mais para investirem em seus novos negócios e mudarem de vez a sua carreira.

Ainda existe um certo tabu na hora de deixar um emprego certo para apostar em uma nova carreira, e muito disso acontece porque as pessoas, mesmo sem querer, acabam por criar um vínculo com a profissão que exercem, com o cargo ocupado e com o salário que recebem. Além disso, também há a pressão externa da família e amigos, que condenam o fato de deixar de lado uma carreira já consolidada para apostar em algo novo, ainda mais quando se trata de pessoas mais experientes. Mas apesar de todos esses obstáculos, é cada vez mais comum observar pessoas que deixam de lado a vida "certa" para seguirem o caminho que desejam, mesmo que isso exija maior esforço e traga menos retorno financeiro, pelo menos no início.

No país, já são mais de 10 milhões de empresas, sendo 95% delas micro e pequenas. Segundo dados do Sebrae, 51% dos empreendedores são mulheres, 53% têm até 34 anos e 55% são da classe C. De acordo com Madalena Feliciano, diretora de projetos da empresa Outliers Careers, deixar um trabalho certo e estável para abrir seu próprio negócio pode parecer assustador, e, para dar esse grande salto é preciso estar preparado, ter um bom planejamento e saber com quem contar. "Não existe receitapara que o resultado seja 100% positivo, mas existem sim algumas posturas do empreendedor que podem ser tomadas parafazer com que o período de transição traga consigo aprendizado e sucesso – mesmo que seja em um prazo maior", explica.
 
Antes de qualquer atitude, o profissional precisa saber se tem uma boa ideia para colocar em prática, e, para isso, é preciso estudar a área de atuação, estudar os concorrentes, ter bons conselheiros, um capital inicial disponível para investir na empresa, ter a certeza de que esse novo emprego lhe trará mais satisfação que o antigo, acreditar que o negócio não quebrará em, no mínimo, três anos, uma boa rede de contatos e autoconhecimento, para saber se ele é disciplinado o suficiente para manter um negócio próprio.
 
"Além disso tudo, o profissional que deseja empreender precisa estar ciente de que muitas vezes o novo trabalho ocupa mais tempo do que o antigo, principalmente no início, e, por isso, deve ser algo prazeroso. Prepare-se para virar noites trabalhando e pensando sobre como resolver possíveis problemas", exalta Madalena.
 
A profissional diz que o novo empreendedor deve ser capaz de descrever em poucas palavras o que seu serviço/produto é capaz de trazer como benefício para os clientes. "É a partir desse momento que se torna concreto o que você está fazendo, deixando claro que você sabe o que tem a oferecer ao mercado e como fará isso", explica.
 
A especialista também comenta que esse não é um objetivo fácil de ser atingido, mas que não existe idade máxima para ser realizado (diferentemente do que muitos pensam) e que, quando bem pensado, estudado e desenvolvido com atenção vale a pena o esforço. "Fazendo essa transição com dedicação e vontade, tudo acontece de forma mais natural, mesmo quando se trata da primeira experiência como empreendedor. É preciso passar por vários obstáculos que surgem no caminho, mas, no final não há nada como ter um negócio para chamar de seu – e ter orgulho disso", conclui.

SITE: www.outlierscareers.com.br 

Opinião

"O ator não tem de ser dramático ou cômico. A história é que é a motivação."

Vladimir Brichta, ator.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Os 4 segredos das equipes de vendas de alta performance

por José Ricardo Noronha*

Um dos mais recentes estudos publicados pela sempre prestigiada e excelente Harvard Business Review nos traz a pesquisa conduzida pelo Prof. Steve W. Martin, da University of Southern California – Marshall School of Business.

O levantamento contou com a participação de mais 800 profissionais de vendas e gravita em torno dos motivos que separam as equipes de alta performance das de baixo desempenho em vendas.

Basicamente são quatro os principais pontos:

1. Equipes de alta performance têm processos de vendas bem estruturados: 50% dos times e profissionais desse grupo indicaram que têm processos de vendas automatizados e monitorados o tempo todo. Já nos times de baixa performance, apenas 28% têm sistema bem estruturado, e 48% tem processos informais ou sequer contam com procedimentos.

Dica de ouro: invista vigorosamente em processos de vendas e dê preferência às ferramentas de automação, como os softwares de CRM, como o Salesforce.com.

2. Equipes de alta performance monitoram as metas o tempo todo: 29% dos times de alta performance concordam integralmente que suas metas são mensuradas constantemente, contra o baixo percentual de 13% das organizações e times de baixa performance.

Dica de ouro: tão ou até mais importante que definir suas metas de vendas é monitorá-las diariamente.

3. Equipes de alta performance têm metas de crescimento definidas: 75% das equipes de alta performance obtiveram crescimento superior a 10% no último ano fiscal, contra índices significativamente inferiores das organizações de média e baixa performance.

Dica de ouro: ao estipular suas metas de crescimento, invista um tempo de qualidade para definir de onde virá este crescimento: contas novas, contas existentes, contas perdidas, "up selling", "cross selling", etc.

4. Líderes de equipes de alta performance demitem rapidamente: Muitas das organizações de alta performance em vendas demitem seus profissionais com baixas vendas apenas 1 trimestre depois dos resultados colhidos.

Do outro lado, muitas das empresas de baixa performance o fazem somente depois de 8 ou 9 trimestres de baixo rendimento, sendo que nenhuma das organizações de alta performance pesquisadas levaram tanto tempo para tomar estas tão cruciais decisões.

Dica de ouro: lembre-se sempre da preciosa "fórmula" de Jack Welch, o lendário ex CEO da gigante GE: 20/70/10. Premie, retenha e incremente ainda mais os pontos fortes dos 20% que são seus melhores vendedores ou "estrelas de vendas", mantenha e treine incansavelmente os 70% que são seus vendedores de performance média (pois é daí que sairão profissionais para o grupo de elite dos 20%) e demita os 10% de baixa performance o mais rapidamente que puder.
  
Crescer sustentavelmente é vital para qualquer negócio e só se faz possível com processos de vendas estruturados, metas rigorosamente monitoradas, metas de crescimento robustas e sustentáveis no longo prazo, liderança engajada com a alta performance e sem medo de demitir os profissionais de baixa performance.

Aplique estes quatro macro conceitos em sua empresa e fomente o tempo todo a criação de uma cultura de alta performance!

Se precisar de ajuda nesta fascinante missão, conte comigo!

Sucesso e boas vendas!

*Vendedor, palestrante, professor, escritor e consultor.

SITE:
www.paixaoporvendas.com.br
 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Fobias

por Célio Pezza*

Existem mais de 400 tipos de fobias, algumas conhecidas de todos e outras bem estranhas. Uma delas, mais recente, chama-se "nomofobia", que é o horror de ficar sem seu telefone celular funcionando. Este nome surgiu na Inglaterra, onde uma pesquisa revelou que existem mais de 15 milhões de britânicos que sofrem desta síndrome e que não conseguem ficar sem o seu telefone celular ou mesmo sem linha ou bateria. Identificaram que esta falta de celular causa angústias, ansiedades, pânico e mudanças na frequência cardíaca em pouco tempo. Existem indivíduos que seguram o celular nas mãos para atender de imediato e não deixa o telefone de lado nem na hora de ir ao banheiro ou fazer sexo. E, se ele tocar, deixa de lado o que está fazendo para atender.
 
É triste ver a que ponto chega o relacionamento de uma pessoa com seu celular. É como uma droga e a pessoa viciada não consegue viver sem ela. Em breve, teremos clínicas e remédios especializados para controlar esta fobia.

Outra interessante chama-se "ergofobia", que é o medo ou aversão ao trabalho. É a famosa vagabundagem, que recebe o status de fobia e passa a ser considerada dentro  da medicina. São indivíduos que não trabalham, não querem trabalhar e passam mal só de pensar em arranjar um emprego qualquer. Imaginem se no futuro começarmos a ter aposentadorias especiais para indivíduos que possuem este problema. Aqui no Brasil, teremos uma enorme fila de espera para fazer uma perícia médica e conseguir um laudo de afastamento. Enquanto isto, os que não têm a famosa "ergofobia", trabalham para pagar impostos e sustentar os portadores desta fobia.
 
Outra fobia interessante chama-se "afobia", que, pasmem, é o medo da falta de fobias. Continuando, temos "anatidaefobia", que é o medo de ser perseguido ou observado por patos, "epistemofobia", que é medo do conhecimento, "estupofobia", que é o medo de pessoas estúpidas, "sofofobia", que é o medo de aprender, e por aí vai. É interessante notar que no meio de tantas fobias estranhas, não encontramos uma fobia da falta de vergonha, da corrupção, da ignorância e tantas outras que seriam especialmente benéficas ao nosso país. Mundo estranho este nosso.

*Colunista e escritor

SITE: www.facebook.com/celio.pezza

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Opinião

"O lugar do humor é no oposto do fanatismo. Acho que ele está aí pra puxar o tapete. A função do humor é instaurar a dúvida onde há certeza, é confundir."

Gregório Duvivier, ator, escritor e humorista.

Opinião

"Por que insistir na linha divisória entre expressão cultural e mercadoria? O mundo das belas-artes não está tão distante da indústria de consumo."

Takashi Murakami, artista plástico.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Opinião

"A arte pode levar o homem de um estado de fragmentação a um estado de ser íntegro, total. A arte capacita o homem para compreender a realidade e o ajuda não só a suportá-la, como a transformá-la, aumentando-lhe a determinação de torná-la mais humana e mais hospitaleira para a humanidade. A arte, ela própria, é uma realidade social. A sociedade precisa do artista, este supremo feiticeiro, e tem o direito de pedir-lhe que ele seja consciente de sua função social."

Ernst Fischer, jornalista e escritor.

Opinião

"Eu acredito que a comédia seja um grande veículo de reflexão. Eu acho que, por meio do humor, você consegue dizer muita coisa. Consegue dizer de forma bem-humorada e isso não minimiza a ideia - muito pelo contrário. O humor é revolucionário nesse sentido, né?"

Denise Fraga, atriz.

Opinião

"Como dirigente principal, eu me vejo como um juiz no jogo de futebol, que quanto menos notado é, melhor ele é. O CEO é a mesma coisa, quanto menos notado eu for, melhor."  

Carlos Nogueira, CEO da Trimble.

Opinião

"O que me interessa é a linguagem. O que me interessa é mudar o mundo. A primeira maneira como posso mudar o mundo. Disso para as linguagens propriamente artísticas. Pra mim, todos meus trabalhos fazem um sentido."

Michel Melamed, ator, diretor, autor e poeta.

Opinião

"Há coisas lindas que só aparecem quando estamos nas piores condições."

Marjorie Eliot, pianista.